Wall Street fecha em alta com novos recordes de S&P 500 e Nasdaq
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Siga noA Bolsa de Valores de Nova York fechou em alta nesta sexta-feira (27), com os índices S&P 500 e Nasdaq alcançando novos máximos ao fim de uma sessão agitada por novos anúncios comerciais de Washington.
O índice ampliado S&P 500 (+0,52%) e o tecnológico Nasdaq (+0,52%) superaram seus níveis recordes de fechamento, uma recuperação notável após o colapso dos mercados em abril provocado pela política protecionista do presidente americano Donald Trump. O Dow Jones Industrial, por sua vez, subiu 1,00%.
Nos últimos dois meses, "as notícias têm sido cada vez mais positivas [...] no âmbito comercial", disse à AFP Tom Cahill, da Ventura Wealth Management.
Nesta sexta, o mercado americano foi impulsionado pela conclusão de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China que inclui, segundo Washington, um aumento nos envios de terras raras para os Estados Unidos.
Esse acordo também contempla, de acordo com a China, que Washington remova algumas restrições contra o país asiático.
Pequim tem sido o alvo preferido de Trump na guerra comercial que ele lançou desde que voltou à Casa Branca em janeiro.
No meio da sessão, Wall Street titubeou após declarações do presidente republicano, que afirmou que encerraria as negociações comerciais com o Canadá.
Trump anunciou que considerava encerradas as negociações comerciais com o Canadá e chamou de "ataque direto e flagrante" contra os Estados Unidos a decisão canadense de impor uma tarifa sobre os serviços digitais.
"Devido a esse imposto escandaloso, estamos encerrando todas as negociações comerciais com o Canadá, com efeito imediato", escreveu ele em sua plataforma Truth Social.
Isso "adiciona uma incerteza com um dos maiores parceiros comerciais do país", explicou à AFP Angelo Kourkafas, da Edward Jones.
E "lembra mais uma vez que, com a chegada de 9 de julho", data a partir da qual devem entrar em vigor tarifas mais altas sobre as importações provenientes de dezenas de países, "existem catalisadores" que geram "certa volatilidade", acrescentou.
Consequentemente, "nas próximas duas semanas, provavelmente nos concentraremos no comércio", estimou Kourkafas.
Para Tom Cahill, "o panorama é favorável para os preços das ações e [...] elas tendem a subir", especialmente porque, "até agora", não se observou impacto significativo na inflação causado pelas tarifas.
A inflação subiu ligeiramente no mês passado nos Estados Unidos (2,3% em 12 meses), segundo o índice PCE publicado nesta sexta, que também mostrou que os consumidores americanos estão mais cautelosos no momento de realizar compras.
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