O bilionário Pavel Durov, fundador e CEO do Telegram, afirmou que pretende deixar sua fortuna estimada em US$ 13,9 bilhões (cerca de R$ 76,4 bilhões) para seus mais de 100 filhos espalhados pelo mundo, em entrevista à revista francesa Le Point. O empresário de 40 anos revelou que, além dos filhos gerados naturalmente, ele fez doação de esperma, que geraram crianças por vários países.

“Quero deixar claro que não faço distinção entre meus filhos: há aqueles que foram concebidos naturalmente e aqueles que vêm das minhas doações de esperma. Todos são meus filhos e terão os mesmos direitos. Não quero que eles se separem depois da minha morte”, disse Durov à publicação.

De acordo com ele, seis desses filhos foram concebidos naturalmente com três parceiras diferentes. Os demais, mais de 100 segundo seus cálculos, nasceram após doações de esperma realizadas em uma clínica a pedido de um amigo. “A clínica onde comecei a doar esperma há 15 anos para ajudar um amigo me disse que mais de 100 bebês foram concebidos dessa maneira em 12 países”, revelou.

Apesar da fortuna bilionária, Durov estabeleceu uma condição: os filhos terão que esperar 30 anos para poder usufruir da fortuna. A cláusula já foi incluída em seu testamento. O objetivo, segundo ele, é garantir que todos aprendam a se sustentar por conta própria.

“Fiz meu testamento muito recentemente… Decidi que meus filhos não terão acesso à minha fortuna até que se complete um período de trinta anos, a partir de hoje. Quero que eles vivam como pessoas normais, que construam suas próprias vidas, aprendam a confiar em si mesmos, que sejam capazes de criar, sem depender de uma conta bancária”, explicou.

Apelidado de "Zuckerberg russo", Pavel Durov ficou famoso ao fundar, aos 22 anos, a rede social VKontakte, a maior da Rússia. Em 2013, após desentendimentos com o governo russo, deixou o projeto e fundou o Telegram, aplicativo de mensagens que hoje conta com mais de 1 bilhão de usuários ativos no mundo. Pavel nasceu na Rússia, fixou residência em Dubai e tem cidadania francesa e emiradense. 

Segundo a Forbes, em setembro de 2008, pouco antes de morrer, o patrimônio líquido de Wasserstein estava estimado em 2,3 bilhões de dólares. reprodução youtube
Um dos responsáveis pela administração do espólio da família de Wasserstein declarou na época: “Erin McCarthy deu à luz Rose cerca de sete anos após a morte de Bruce Wasserstein. Sob os termos dos documentos fiduciários e espólios do Sr. Wasserstein, qualquer criança desse tipo não seria beneficiária”. Dean Moriarty por Pixabay
Sky, a filha mais velha de McCarthy, já possuía uma herança estimada em cerca de US$ 170 milhões. Ela vive com a mãe e a irmã, Rose, em um apartamento localizado no Central Park West, área nobre de Nova York. pixabay
A dona da New York Magazine, presidente da Vox Media e filha de Bruce, Pamela Wasserstein, assumiu as rédeas para tentar impedir que a ex-amante tivesse acesso à fortuna. reprodução linkedin
Se a mulher quiser dar à luz os quatro bebês embrionados, ela ficaria com seis herdeiros do bilionário! S K por Pixabay
Na época, ela assinou os documentos concordando que os embriões congelados não utilizados seriam descartados quando ela completasse 55 anos, em 2027. belindalampcc por Pixabay
Ainda segundo as informações divulgadas pelo Page Six, McCarthy submeteu-se a tratamentos de fertilidade e fertilização in vitro no “Weill Cornell's Center for Reproductive Medicine”, localizado em Nova York. Patrick Tomasso/Unsplash
Em relação à herança, o empresário possuía quatro residências luxuosas: uma casa em Londres, um apartamento em Paris, uma propriedade extensa de 17 acres em Santa Bárbara, nos Estados Unidos, e outra propriedade costeira de 27,5 acres em East Hampton, também nos EUA, cujo valor ultrapassava os US$ 120 milhões. Pierre Blaché pexels
Não bastasse a confusão com McCarthy, Wasserstein ainda era casado quando morreu e tinha outras três ex-esposas. reprodução youtube
O bilionário morreu aos 61 anos de idade e, até onde se sabe, deixou seis filhos, além da menina Rose. reprodução youtube
Bruce Wasserstein foi um banqueiro, presidente do banco Lazard, empresário e escritor americano de investimentos, além de dono da New York Magazine. reprodução youtube
McCarthy reivindicou a garantia dos direitos de Sky, Rose e dos outros quatro embriões... Doodlart por Pixabay
Para deixar a situação ainda mais insólita, documentos oficiais apresentados durante o processo revelaram outros quatro embriões que ainda estavam congelados. OpenClipart-Vectors por Pixabay
Depois, em meio à disputa pela herança do bilionário, ela processou a família dele em uma quantia de US$ 100 milhões alegando responsabilidade pelos cuidados das crianças. Alexander Grey Unsplash
McCarthy teve uma filha com Wasserstein antes de seu falecimento, a menina Sky. A mulher utilizou um dos embriões e deu à luz outra criança, chamada Rose. reprodução facebook
Tudo começou com uma série de informações divulgadas pelo site “Page Six”. De acordo com o portal, a amante do empresário, Erin McCarthy, revelou a existência de quatro embriões congelados e reivindicou direito à herança. reprodução facebook
O bilionário norte-americano Bruce Wasserstein morreu, em 2009, mas tornou-se assunto, durante anos depois, devido à postura de uma amante. Sua história inusitada chamou a atenção nos noticiários internacionais. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu. reprodução youtube

Discreto e com fama de recluso, Durov mora em Dubai e é conhecido por suas posições libertárias e por defender a privacidade digital. O Telegram, no entanto, já esteve no centro de diversas controvérsias — incluindo acusações de abrigar conteúdos ilegais.

Em agosto de 2024, Durov chegou a ser preso na França e foi acusado por promotores por seis crimes, entre eles “cumplicidade” na distribuição de material de abuso sexual infantil e tráfico de drogas. As autoridades alegam que ele teria permitido a proliferação de atividades ilegais no Telegram ao se recusar a colaborar com investigações.

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Na época, o fundador da plataforma ficou sob controle judicial, com restrições para viajar. Em março de 2025, ele foi autorizado a sair da França com destino a Dubai, onde permanece. Até o momento, Durov não foi julgado e nega todas as acusações.

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