PKK reivindica participação política na Turquia e a libertação de seu líder
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Siga noO Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que realizou um primeiro desarmamento de seus combatentes nesta sexta-feira (11), tem a intenção de participar da vida política turca caso as autoridades libertem seu líder histórico, indicou à AFP a copresidente do partido.
Abdullah Öcalan, de 76 anos, está detido na prisão de Imrali, uma ilha próxima de Istambul, há quase 26 anos.
"É nossa exigência primordial e uma condição fundamental" para continuar o processo de paz, insistiu a copresidente Bese Hozat em uma entrevista à AFP, após uma cerimônia de desarmamento no norte do Iraque.
Segundo Hozat, "enquanto isso não for feito, é muito pouco provável que [este processo] continue com êxito", insistiu durante a entrevista, perto de Suleimaniya, no Curdistão iraquiano.
"O Estado turco deve nos dar o direito de participar da política democrática (...). Estamos preparados e dispostos a nos comprometer na política democrática" da Turquia, acrescentou.
O PKK iniciou nesta sexta-feira, no norte do Iraque, um desarmamento simbólico no Curdistão iraquiano, em uma cerimônia na qual cerca de 30 combatentes, homens e mulheres, queimaram suas armas.
A medida deve encerrar um dos conflitos mais longos da região, que já deixou pelo menos 40.000 mortos.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que a cerimônia foi um "passo importante" para uma "Turquia livre do terrorismo" e o "estabelecimento de uma paz duradoura" na região.
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