Internacional

Venezuela entra em nova campanha eleitoral em clima de desinteresse

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A campanha para as eleições de prefeitos na Venezuela começou nesta sexta-feira (11), em meio a um amplo desinteresse por parte de muitos eleitores.

Os pleitos municipais estão marcados para 27 de julho, um dia antes do aniversário da polêmica reeleição do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato.

A votação acontece dois meses após as eleições parlamentares e para governadores, nas quais o chavismo obteve vitória esmagadora depois que a maior coalizão opositora decidiu boicotar o processo.

"Temos um plano para encerrar o ciclo que começou em 28 de julho de 2024 e termina exatamente um ano depois com a renovação de todos os poderes públicos", declarou em coletiva de imprensa o chefe da campanha governista, Jorge Rodríguez. "O objetivo tático e imediato é ganhar as 335 prefeituras, e vamos atrás delas."

A oposição liderada por María Corina Machado não inscreveu candidatos nem convocou o eleitorado a participar, como parte de sua denúncia contra a proclamação de Maduro, que considera fraudulenta. A oposição afirma que seu candidato, Edmundo González, venceu as eleições presidenciais.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não publicou a apuração detalhada da eleição presidencial, como exige a lei, alegando ter sido alvo de um ataque cibernético. De fato, seu site oficial continua fora do ar.

Também não foram divulgados os resultados detalhados das eleições anteriores, nas quais o partido de Maduro venceu 23 das 24 governadorias e obteve maioria absoluta na Assembleia Nacional.

O CNE informou que 43% do eleitorado compareceu às urnas naquele processo, embora muitos centros de votação estivessem visivelmente vazios.

Nas ruas, muitas pessoas desconhecem que haverá eleições em 27 de julho e outras evitam falar do tema por medo.

Após a eleição presidencial de 28 de julho de 2024, 2.400 pessoas foram presas em protestos contra a reeleição de Maduro, assim como dezenas de colaboradores de Machado, que passou à clandestinidade.

Uma ala dissidente da oposição lançou candidaturas em municípios sob seu controle, incluindo três dos cinco que compõem Caracas.

"A casa não se entrega", repetia o prefeito do rico município de Chacao, na capital, Gustavo Duque, enquanto saudava seus apoiadores de cima de um caminhão. "O morador de Chacao sabe bem o que conseguimos e o que não queremos voltar a ter."

jt/mbj/lm/am

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