Trump foi avisado de que seu nome aparece nos arquivos Epstein
Reportagens afirmam que presidente dos EUA foi informado pelo próprio governo sobre envolvimento nos arquivos de Jeffrey Epstein
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Siga noO departamento de Justiça dos Estados Unidos avisou o presidente Donald Trump que seu nome aparecia nos arquivos do milionário Jeffrey Epstein, condenado em 2019 pelo abuso de dezenas de menores de idade no início dos anos 2000. A informação foi publicada pelo The Wall Street Journal e The New York Times, nesta quarta-feira (23/7).
Segundo a reportagem, Trump foi comunicado pela procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, em uma reunião na Casa Branca. O nome do republicano estaria em arquivos que continham o de outras centenas de personalidades.
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"Ela disse ao presidente na reunião que os arquivos continham o que as autoridades consideraram ser boatos não verificados sobre muitas pessoas, incluindo Trump, que haviam socializado com Epstein no passado”, afirma a reportagem.
A Casa Branca reagiu e classificou as reportagens como “fake news”. "Isso nada mais é do que uma continuação das histórias de notícias falsas inventadas pelos democratas e pela mídia liberal", disse o porta-voz da Casa Branca, Steven Cheung, em um comunicado enviado por email.
Nessa terça-feira (22/7), a CNN divulgou vídeos e fotos que mostram a relação entre Trump e Epstein. Imagens de 1993 confirmam a presença do milionário no casamento do futuro presidente. Outro vídeo de 1999 mostra os dois magnatas em um evento da marca Victoria’s Secret, em Nova York.
O caso voltou à tona no último dia 7, o Departamento de Justiça emitiu uma nota reafirmando que o empresário havia cometido suicídio na prisão. Eles também afirmam que não havia evidências de Epstein matinha uma “lista” com pessoas que também participavam dos abusos sexuais.
“Essa revisão sistemática não revelou nenhuma 'lista de clientes' incriminadora. Também não foram encontradas evidências credíveis de que Epstein tenha chantageado indivíduos influentes como parte de suas ações. Não descobrimos evidências que justificassem a abertura de investigação contra terceiros que não foram acusados", afirmou o texto.
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A possível participação de Trump no caso é vista como um escândalo que pode abalar, inclusive, seu eleitorado mais fiel: o grupo conhecido como MAGA, sigla em alusão ao seu slogan “Make America Great Again”. O presidente dos EUA e o empresário foram amigos entre os anos 1990 e 2000, o nome do republicano já aparecia em registros de voos ao lado de Epstein em 1994.