ECONOMIA

FMI abre caminho para entregar US$ 2 bilhões à Argentina

País sulamericano fechou acordo com o banco para crédito por quatro anos pelo Serviço Ampliado do Fundo no valor de 20 bilhões de dólares (R$ 110 bilhões)

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta quinta-feira (24), que sua equipe técnica chegou a um acordo com o governo argentino sobre a primeira revisão do empréstimo concedido em abril ao país sul-americano, que permite o desembolso de "aproximadamente 2 bilhões de dólares" (11 bilhões de reais).

A Argentina fechou um acordo com o FMI para um crédito por quatro anos no âmbito do Serviço Ampliado do Fundo (SAF) no valor de 20 bilhões de dólares (R$ 110 bilhões), dos quais já recebeu 12 bilhões (R$ 66,3 bilhões).

O FMI e as autoridades argentinas "alcançaram um acordo a nível da equipe técnica sobre a primeira revisão do programa econômico (...) sujeito à aprovação do conselho executivo" que se reunirá no final de julho, afirma a organização em um comunicado.

"A Argentina poderia acessar aproximadamente 2 bilhões de dólares", especifica.

O FMI voltou a elogiar a gestão do governo do presidente ultraliberal Javier Milei, que reduziu a inflação - de 211% em 2023 para 118% no ano passado - e alcançou um superávit fiscal em 2024 pela primeira vez desde 2010.

Milei se gaba de ter conseguido isso fechando órgãos, cortando 50 mil cargos públicos e eliminando quase totalmente as obras públicas.

"O programa teve um início sólido, apesar de um contexto externo mais desafiador", afirma o FMI.

Foi sustentado "na contínua implementação de políticas macroeconômicas sólidas, incluindo uma sólida âncora fiscal e uma postura monetária rígida", acrescenta.

Em troca do acordo de crédito, o governo argentino removeu muitos dos controles no mercado cambial, vigentes desde 2019, e introduziu um novo esquema de flutuação para a cotação do dólar entre bandas.

"A transição para um regime cambial mais flexível e a eliminação de muitos dos controles cambiais têm ocorrido de maneira ordenada", destaca a organização com sede em Washington.

A Argentina busca reforçar suas reservas internacionais e o governo conteve a emissão monetária, contribuindo para manter estável o preço do dólar.

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Um resultado aplaudido pelo FMI: "O câmbio oficial tem se mantido próximo do ponto médio da banda, o processo de desinflação foi retomado, a expansão econômica continuou e a pobreza seguiu diminuindo".

O FMI ressalta também que a Argentina "conseguiu voltar aos mercados internacionais de capitais antes do previsto".

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