A República Dominicana encerrou nesta terça-feira (15) as operações de busca pelo naufrágio de uma embarcação com migrantes que seguia para Porto Rico e deixou pelo menos oito mortos, 17 resgatados e um número não determinado de desaparecidos.
A embarcação partiu na sexta-feira passada e levava entre 40 e 50 migrantes a bordo, segundo relatos de sobreviventes, mas, até o momento, não foi possível confirmar com exatidão a quantidade de ocupantes.
"Concluímos com as 17 pessoas resgatadas e oito [corpos] recuperados", disse à AFP o diretor provincial da Defesa Civil encarregado da operação, Fernando Castillo.
A autoridade não confirmou o número de desaparecidos. "Não posso confirmar essa parte nem especificá-la", disse.
As vítimas viajavam em um barco pequeno, chamado "yola", nome dado a pequenas embarcações pesqueiras que podem carregar até 100 pessoas e que são normalmente usadas para transporte ilegal até Porto Rico, que tem o status de Estado livre associado aos Estados Unidos.
Segundo a Marinha dominicana, o grupo tentou viajar de "forma ilegal" a partir da costa de Juanillo, na província de La Altagracia, no extremo leste da ilha, próximo a Punta Cana.
As ondas fortes, a presença de bancos de sargaço, uma alga marinha que prolifera nas costas dominicanas, e nuvens de poeira procedentes do deserto do Saara dificultaram as operações de busca.
Entre os corpos encontrados havia dominicanos e haitianos, tanto homens quanto mulheres, acrescentou Castillo.
A migração ilegal da República Dominicana para Porto Rico é um fenômeno em crescimento na última década. A rota tem cerca de 130 km e, segundo relatos da imprensa, o custo da travessia pode superar os 7 mil dólares (cerca de R$ 38,8 mil).
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