A China impediu que um funcionário do governo dos Estados Unidos deixasse seu território durante uma viagem particular, informou nesta terça-feira (22) o Departamento de Estado.

"Podemos confirmar que um funcionário do Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos, que viajava à China a título pessoal, foi alvo de uma proibição de saída", declarou um porta-voz do Departamento de Estado.

"Estamos acompanhando este caso de perto e estamos em contato com autoridades chinesas para resolver a situação o mais rápido possível", acrescentou.

Pequim não quis revelar os detalhes do caso.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, declarou a jornalistas que "a China é um país que respeita o Estado de Direito e trata das questões de entrada e saída de acordo com a lei".

O jornal The Washington Post, que cita fontes não identificadas, assegura que se trata de um sino-americano que visitava sua família e foi detido por não revelar que trabalhava para o governo dos Estados Unidos ao solicitar o visto.

Nos últimos meses do mandato do ex-presidente democrata Joe Biden, a China libertou três americanos que estavam presos em uma troca de prisioneiros.

Defensores dos direitos humanos afirmam que outros americanos, geralmente com dupla nacionalidade, estão sujeitos a proibições de saída do território chinês.

No início do mês, os Estados Unidos declararam ter prendido dois chineses que supostamente tentaram recrutar militares como agentes de inteligência.

O presidente Donald Trump descreveu a China como o principal adversário dos Estados Unidos, mas também se orgulhava de ter uma boa relação com seu contraparte chinês, Xi Jinping.

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