'Wokismo': Trump quer dados raciais para avaliar admissões em universidades
Presidente dos EUA quer provar que as universidades privilegiam estudantes negros e mulheres na hora da seleção de alunos
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Siga noO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nessa quinta-feira (7/8) que as universidades apresentem os dados raciais e de gênero dos candidatos, para provarem sua imparcialidade na admissão dos estudantes.
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A Suprema Corte encerrou em 2023 a chamada "discriminação positiva", ao determinar a inconstitucionalidade dos processos de admissão em universidades que levavam em conta a cor da pele ou origem étnica dos estudantes, mas afirmou que as instituições poderiam usar declarações pessoais de experiências raciais dos candidatos para decidir sobre a sua admissão.
Em memorando divulgado hoje, Trump denunciou "a falta persistente de dados disponíveis, acompanhada do uso desenfreado" dessas declarações "e outros indicadores raciais evidentes e velados". "Uma transparência maior é essencial para expor práticas ilegais e, em última instância, livrar a sociedade de hierarquias raciais vergonhosas e perigosas."
Trump empreende uma campanha contra as universidades americanas, que acusa de serem focos de ideologia anticonservadora, antissemitismo e "wokismo", termo pejorativo que se refere àqueles que defendem os direitos das minorias.
O decreto de hoje exige que as universidades expandam seus relatórios ao Centro Nacional de Estatísticas de Educação, para "proporcionar uma transparência adequada nas admissões".
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Como parte de suas ações para controlar o ensino superior, Trump usou as verbas federais como instrumento de pressão para que as universidades que considera excessivamente progressistas se submetam a mudanças nos currículos, matrículas e outros aspectos.