Wall Street fecha em alta, apoiada em perspectivas de redução das taxas pelo Fed
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Siga noA Bolsa de Nova York ganhou força nesta terça-feira (12), impulsionada pela divulgação de um índice de inflação nos Estados Unidos que parece abrir caminho para que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduza suas taxas de juros a partir de setembro.
Os índices Nasdaq (+1,39%) e S&P 500 (+1,14%) alcançaram novos recordes, com 21.681,90 e 6.445,76 pontos, respectivamente. O Dow Jones subiu 1,10%.
"O mercado dá um suspiro de alívio" com a divulgação do índice de preços ao consumidor (IPC), ao constatar "que o temido impacto das tarifas foi menos evidente nos números de julho do que nos de junho", comentou à AFP Angelo Kourkafas, da Edward Jones.
Em julho, o IPC subiu 2,7% em relação a julho do ano passado, sem mudanças em comparação com a taxa de junho, informou o Departamento do Trabalho.
Esse relatório "reforça a ideia de que as tarifas ainda não provocaram uma inflação significativa" para os americanos, afirmou José Torres, da Interactive Brokers.
Consequentemente, "nada parece impedir que o Fed reduza suas taxas de juros em setembro", na próxima reunião de política monetária, declarou Kourkafas.
Essa opinião é amplamente compartilhada entre os analistas, a maioria dos quais acredita que o banco central americano cortará suas taxas de juros em um quarto de ponto percentual no final do verão do hemisfério norte.
O mercado americano também encara com otimismo a prorrogação de 90 dias da trégua comercial entre Washington e Pequim.
O rendimento dos títulos do Tesouro americano a dez anos manteve-se estável em relação ao dia anterior, em 4,28%.
Por sua vez, a empresa americana de semicondutores e processadores Intel (+6,62%, a 21,81 dólares) se beneficiou da reunião realizada na segunda-feira na Casa Branca entre seu diretor, Lip-Bu Tan, e o presidente Donald Trump.
"A reunião foi muito interessante", escreveu Trump no Truth Social. "Seu sucesso e ascensão são uma história impressionante", acrescentou, dias depois de ter solicitado sua renúncia por supostos vínculos com empresas chinesas.
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