Wall Street fecha quase estável de olho na política monetária dos EUA
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Siga noA Bolsa de Nova York fechou quase estável nesta segunda-feira (18), em um mercado que aguarda sinais sobre o futuro da política monetária nos Estados Unidos enquanto novos resultados empresariais são divulgados.
Os três índices terminaram o dia perto do equilíbrio: o Nasdaq teve alta de 0,03%, o S&P 500 caiu 0,01% e o Dow Jones recuou 0,08%.
O mercado "carece de catalisadores", resumiram os analistas da Briefing.com, embora sejam esperados os resultados da conferência de Jackson Hole, Wyoming, que no final da semana reunirá líderes de bancos centrais de todo o mundo.
Nesse evento, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, fará um discurso na sexta-feira.
Esta conferência "pode influenciar as expectativas sobre a direção futura do Fed", observou José Torres, da Interactive Brokers.
Quase todos os especialistas esperam uma redução nas taxas de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) em setembro, segundo a ferramenta de monitoramento da CME. Porém, a proporção que espera uma pausa em outubro está aumentando.
De acordo com Torres, "alguns sinais indicam que as pressões inflacionárias estão se intensificando, o que poderia levar as autoridades monetárias a manterem sua postura de esperar para ver o que acontece" com os preços.
O índice de preços ao produtor (PPI), uma medida da inflação no atacado, subiu 3,3% interanual em julho, comparado com a previsão dos analistas reunida pela Marketwatch que antecipava um aumento de 2,3%.
Os investidores estarão muito atentos à divulgação, na quarta-feira, das atas da reunião mais recente do Fed em julho, e dos números semanais de pedidos de seguro-desemprego, que serão publicados na quinta.
No âmbito empresarial, várias grandes redes de varejo divulgarão seus resultados trimestrais esta semana, incluindo Home Depot (-1,19%), Target (+1,88%) e Walmart (+0,68%).
"Isso será decisivo, já que esses resultados oferecerão uma ideia da opinião dos consumidores, dos efeitos das tarifas. (...) E, claro, as previsões serão cruciais", disse à AFP Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.
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