Internacional

Fed mais preocupado com risco inflacionário do que com desemprego nos EUA

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A maioria dos funcionários do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos concluiu que os riscos inflacionários superam os do emprego, segundo a ata de uma recente reunião, que mostrou divisões no banco central americano sobre os efeitos das tarifas de Donald Trump.

Ao término da última reunião em julho do Comitê de Política Monetária, que define as taxas de juros de referência, os dirigentes do Fed decidiram mantê-las inalteradas pela quinta vez consecutiva. No entanto, essa decisão não foi unânime, já que dois deles se mostraram a favor de um corte de 0,25 ponto percentual.

Segundo as atas dos debates, os dirigentes favoráveis à redução das taxas minimizaram o impacto das tarifas na inflação, considerando-o transitório, mas avaliaram que o risco de deterioração do mercado de trabalho "aumentou significativamente". Para eles, isso justifica uma ação do Fed.

O banco central americano conduz sua política monetária com base em dois objetivos simultâneos: uma inflação próxima a 2% no longo prazo e uma economia com pleno emprego. Para os membros que optaram por manter os juros em seu intervalo atual, de 4,25% a 4,50%, a inflação segue em nível demasiadamente alto, assim como a incerteza sobre a economia americana.

De modo geral, todos se mostraram cautelosos. Afirmaram que "monitorarão as informações futuras sobre as perspectivas econômicas" e expressaram disposição de "ajustar a postura econômica se surgirem riscos que possam frustrar os objetivos do Fed".

As taxas de referência permanecem inalteradas desde dezembro.

No entanto, a grande maioria dos investidores acredita que o Fed reduzirá os juros em sua próxima reunião, em meados de setembro, e os mercados já antecipam um corte de um quarto de ponto percentual, segundo o indicador publicado pelo CME FedWatch.

Quando os juros estão elevados, os créditos ficam mais caros e, com isso, caem o consumo e o investimento, reduzindo a pressão sobre os preços. Por outro lado, taxas mais baixas alimentam a dinâmica econômica.

Trump continua pressionando o Fed, e em particular seu presidente, Jerome Powell, para que reduza os juros.

Em uma mensagem publicada nesta quarta-feira em sua plataforma Truth Social, Trump voltou a atacar Powell, a quem apelidou de "Tarde Demais", acusando-o de prejudicar "gravemente" o setor imobiliário.

"As pessoas não conseguem obter uma hipoteca por culpa dele. Não há inflação e tudo aponta para um corte importante das taxas de juros. 'Tarde Demais' é um desastre!", escreveu Trump.

Powell concluirá seu mandato como presidente do Fed em maio de 2026, e Trump espera substituí-lo por alguém mais alinhado às suas ideias.

els/ni/vk/ad/nn/am

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