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Lucy, célebre ancestral humana, é exposta pela primeira vez na Europa

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Os fragmentos ósseos de Lucy, célebre ancestral humana de 3,18 milhões de anos, saíram excepcionalmente da Etiópia e serão exibidos pela primeira vez na Europa, no Museu Nacional de Praga, a partir desta segunda-feira (25). 

Os fósseis desta Australopithecus afarensis foram encontrados na Etiópia em 1974, a mais completa descoberta até então e revolucionou a compreensão dos ancestrais da humanidade. 

Os restos ósseos de Lucy serão exibidos na República Tcheca junto com Selam, o fóssil de uma menina Australopithecus que viveu cerca de 100 mil anos antes de Lucy, encontrado no mesmo lugar 25 anos depois. 

"Selam nunca foi exibido fora da Etiópia e Lucy só foi exibida uma vez nos Estados Unidos", declarou o diretor do Museu Nacional, Michal Lukes, quando chegaram a Praga em 15 de agosto. 

O diretor afirmou que os fósseis cedidos pelo Museu Nacional da Etiópia em Adis Abeba estão entre "as peças paleoantropológicas mais valiosas e antigas do mundo". 

Os 52 fragmentos serão exibidos durante 60 dias como parte da exposição "Human Origins and Fossils" (Origens Humanas e Fósseis, em tradução livre). 

O diretor da Autoridade do Patrimônio Etíope, Abebaw Ayalew Gella, indicou que a exposição "promove a Etiópia como a terra da origem humana". 

Lucy "revolucionou o curso do estudo dos ancestrais humanos, em primeiro lugar por sua completude e, em segundo lugar, por sua antiguidade", declarou Ayalew Gella. 

"Selam é um fóssil único por sua antiguidade (...) trata-se do fóssil de um bebê que morreu aos dois anos e sete meses", acrescentou.

- Nomeada pelos Beatles -

Em seu estado atual, Lucy é composta por partes dentais fossilizadas, fragmentos do crânio, da pelve e do fêmur. 

Seu esqueleto fossilizado, com 1,1 metro de altura e 29 quilos, saiu da Etiópia pela última vez entre 2007 e 2013, quando passou por museus nos Estados Unidos. 

O hominídeo recebeu esse nome por causa da música dos Beatles "Lucy in the Sky with Diamonds", que a equipe que a encontrou ouviu para celebrar a descoberta. 

Lucy era bípede - caminhava com as duas pernas - e acredita-se que tenha morrido entre os 11 e 13 anos, idade adulta para a espécie. 

Por muito tempo foi considerada o ancestral humano mais antigo encontrado, mas foi destronada em 1994 após a descoberta, também na Etiópia, de Ardi, uma fêmea Ardipithecus ramidus que viveu há 4,5 milhões de anos. 

Em 2001, Toumai - um crânio datado de seis ou sete milhões de anos - foi encontrado no Chade, sugerindo que a família humana poderia remeter muito mais longe do que se pensava. 

Em um estudo de 2016, os pesquisadores afirmaram que Lucy tinha braços fortes, o que sugere que costumava escalar árvores e se refugiar nos galhos durante a noite. Também tinha pernas relativamente fracas que não eram usadas para escalar e eram ineficazes para caminhar, concluiu o estudo. 

Uma análise de uma fratura em um dos ossos de Lucy realizada no mesmo ano sugeriu que ela provavelmente morreu ao cair de uma árvore.

frj/jza/hgs/rnr/jc/aa

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