Internos fazem reféns em prisão juvenil na Guatemala
compartilhe
Siga noInternos de uma prisão juvenil na Guatemala fizeram funcionários do centro de reféns nesta segunda-feira (25), em um novo motim atribuído a represálias pela transferência de líderes de gangues para uma prisão de segurança máxima, informou o governo.
O governo realocou em 30 de julho 10 líderes presos das gangues Barrio 18 e Mara Salvatrucha na prisão Renovación I, no sul do país, onde estão isolados e sem acesso a telefones celulares.
Desde então, motins foram registrados em cinco prisões, onde prisioneiros membros de gangues tomaram guardas como reféns, que posteriormente foram libertados. Em meados de agosto, um vigilante morreu na prisão El Boquerón (sudeste) durante uma das revoltas.
"Neste momento registra-se uma tentativa de motim" no Centro Especializado de Reinserção Juvenil da capital, indicou em um comunicado a Secretaria de Bem-estar Social da Presidência, responsável pelo centro correcional.
O presidente Bernardo Arévalo confirmou a tomada de reféns e disse que a Secretaria e o Ministério do Interior trabalham "para alcançar uma solução para o problema".
"Os motins surgiram a partir da decisão de colocar em isolamento (...) os líderes das duas principais gangues do país", acrescentou em uma coletiva de imprensa.
De acordo com a mídia local, os reféns são três funcionários da cozinha do centro correcional.
As gangues Barrio 18 e Mara Salvatrucha - esta última declarada organização terrorista pelos Estados Unidos - disputam o controle de territórios na Guatemala, onde extorquem comerciantes, transportadores e outros cidadãos. Quem se recusa a pagar é assassinado.
Essas gangues também operam em Honduras, enquanto em El Salvador o presidente Nayib Bukele tem encarcerado desde março de 2022 dezenas de milhares de supostos membros de gangues, amparado por um regime de exceção criticado por grupos de direitos humanos, que denunciam uma série de detenções arbitrárias.
hma/cjc/lm/aa