O novo tribunal para o julgamento de Diego Maradona na Argentina rejeitou nesta quarta-feira (6) o pedido da defesa para remover dois juízes, um dos quais descreveu o pedido como "dilatório", de acordo com uma decisão à qual a AFP teve acesso. 

Os advogados de Leopoldo Luque, médico pessoal de Maradona acusado pela morte do astro do futebol, solicitaram na segunda-feira a retirada de dois dos três juízes do novo tribunal formado em julho para reiniciar o julgamento após a anulação do anterior. 

A defesa solicitou a remoção dos dois juízes devido ao "temor real de que não sejam imparciais". 

Os dois juízes rejeitaram o pedido nesta quarta-feira, com um deles afirmando em sua decisão que o pedido "evidencia um propósito meramente dilatório baseado em avaliações pessoais, conjecturas e especulações desprovidas de sentido jurídico". 

Os advogados de Luque anunciaram que recorrerão da decisão em segunda instância, mas, enquanto isso, o caso pode prosseguir. 

Maradona morreu em 25 de novembro de 2020, de edema pulmonar enquanto se recuperava em casa de uma neurocirurgia recente.

Luque e outros sete membros da equipe médica do ídolo argentino podem pegar de 8 a 25 anos de prisão por homicídio doloso, acusação que implica que eles sabiam que suas ações poderiam levar à morte do paciente. 

O julgamento anterior, que ocorreu de março a maio, foi anulado após o escândalo envolvendo um dos juízes por participar de um documentário clandestino sobre o julgamento. 

A data de início do novo julgamento ainda é incerta.

tev/ag/aam

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