O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (11) ter mantido uma reunião "muito interessante" com o diretor executivo do fabricante americano de chips Intel, dias depois de ter solicitado sua renúncia.

Trump exigiu, na semana passada, a renúncia imediata do diretor da Intel, depois que um senador republicano levantou preocupações sobre segurança nacional devido a seus supostos vínculos com empresas chinesas.

A Intel é uma das empresas mais emblemáticas do Vale do Silício, mas sua fortuna tem sido ofuscada pelas companhias asiáticas TSMC e Samsung, que dominam o setor de semicondutores fabricados sob medida.

Em sua plataforma Truth Social, Trump declarou nesta segunda-feira que se reuniu com Lip-Bu Tan junto com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

"A reunião foi muito interessante", escreveu Trump. "Seu sucesso e ascensão são uma história incrível." Trump acrescentou que membros de seu gabinete farão "sugestões" na próxima semana.

Em comunicado, a Intel afirmou que espera "colaborar estreitamente" com o presidente Trump "e sua administração para restaurar esta grande empresa americana".

Depois de Trump pedir sua renúncia na quinta-feira, Tan divulgou um comunicado afirmando que a companhia está em contato com o governo para abordar as preocupações levantadas e garantir que os funcionários tenham "informações".

Ele alega que circulou muita desinformação sobre seus cargos anteriores na Walden International e na Cadence Design Systems.

"Sempre atuei dentro dos mais altos padrões legais e éticos", defendeu-se Tan no comunicado.

Nascido na Malásia, Tan assumiu em março o comando da Intel, cujos chips para processos computacionais tradicionais vêm sendo progressivamente ofuscados pela revolução da inteligência artificial.

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