Cerca de 150 pessoas entraram em contato com a polícia britânica para denunciar crimes cometidos por Mohamed Al Fayed, ex-proprietário da loja de departamento Harrods, desde que as autoridades abriram uma nova investigação no ano passado, confirmou a polícia nesta quarta-feira (13).
Um documentário transmitido pela BBC em setembro apresentava acusações segundo as quais o falecido magnata egípcio - pai de Dodi Al Fayed, que foi parceiro da princesa Diana de Gales - teria estuprado e agredido sexualmente várias jovens empregadas da Harrods.
"A investigação em curso sobre as pessoas que poderiam ter facilitado ou permitido as atividades criminosas de Mohamed Al Fayed continua", declarou a polícia londrina em um comunicado enviado à AFP.
A Scotland Yard examina atualmente a forma como as investigações anteriores foram conduzidas para identificar "oportunidades perdidas" e abriu uma nova investigação sobre acusações de agressões sexuais, incluindo as pessoas que permitiram ou facilitaram esses atos.
"Solicitamos que qualquer pessoa que tenha informações, seja porque foi diretamente afetada pelos atos de Mohamed Al Fayed ou porque conhece outras pessoas que possam ter estado envolvidas ou cometido crimes, entre em contato conosco", acrescentou a polícia.
Em novembro, a polícia metropolitana declarou que havia sido contatada e havia identificado 90 possíveis vítimas de agressões sexuais e outros crimes cometidos pelo bilionário, falecido em 2023 aos 94 anos.
A Harrods, propriedade de Mohamed Al Fayed entre 1985 e 2010, anunciou em março um programa de indenização para as mulheres que trabalhavam na loja ou estavam relacionadas com ela e afirmaram ter sido vítimas de abusos pelo magnata.
Mais de cem supostas vítimas solicitaram aderir ao programa de indenização em julho, segundo a loja de departamentos de luxo.
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