Rebeldes do Iêmen enterram primeiro-ministro morto em bombardeio israelense
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Siga noMilhares de pessoas participaram, nesta segunda-feira (1º), na capital do Iêmen, dos funerais do primeiro-ministro e de outros 11 funcionários de alto escalão do governo dos rebeldes huthis, que morreram na semana passada em um bombardeio de Israel.
Os 12 caixões foram levados para a mesquita de Al Shab na capital Sanaa, controlada desde 2014 por este grupo rebelde pró-iraniano.
O primeiro-ministro huthi, Ahmed Ghaleb Naser al Rahawi, nove ministros e dois funcionários de seu gabinete, morreram em 28 de agosto em um bombardeio israelense que atingiu uma área de Sanaa onde uma reunião era realizada.
Este é o cargo de mais alto perfil dos rebeldes iemenitas morto em um bombardeio israelense desde que os huthis começaram a lançar mísseis e drones contra Israel, após o início da guerra em Gaza. A maioria desses projéteis foi interceptada.
"Não há motivos para preocupação com o funcionamento do aparelho governamental", declarou o primeiro-ministro interino, Mohamed Ahmad Muftah, à multidão reunida na mesquita.
O Iêmen está em guerra desde 2014 e os huthis controlam grandes extensões do território e, após o início da guerra em Gaza, começaram a lançar bombardeios contra Israel, afirmando que agem em solidariedade com os palestinos.
Além disso, realizam ações no mar Vermelho e no Golfo de Áden contra navios que consideram vinculados a Israel.
Em resposta, o Exército israelense lança ataques contra alvos dos huthis e tem bombardeado portos no oeste do país, o aeroporto de Sanaa e instalações elétricas, depósitos de combustível e até mesmo o palácio presidencial.
O analista iemenita residente nos Estados Unidos Mohammed Al Basha afirmou que o ataque de 28 de agosto pode marcar o início de uma "campanha de assassinatos seletivos contra os líderes civis e militares huthis".
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