ONDA PERONISTA

Milei admite derrota em Buenos Aires, mas promete manter agenda econômica

Peronismo venceu em seis dos oito distritos e abriu 14 pontos; presidente diz que resultado é "piso" para seu partido antes da eleição nacional

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O presidente da Argentina, Javier Milei, reconheceu nesse domingo (7/9) a derrota de seu partido, o La Libertad Avanza, nas eleições provinciais de Buenos Aires. Em discurso na cidade de Gonnet, o líder ultraliberal admitiu o revés diante do peronismo, que obteve vantagem de quase 14 pontos percentuais, mas assegurou que não haverá mudanças no rumo econômico de seu governo.

Segundo o jornal Clarín, Milei estava visivelmente abalado ao discursar para menos de cem apoiadores em um salão. Ele anunciou que fará uma avaliação interna sobre os erros da campanha, mas descartou qualquer alteração de rota na condução econômica.

“O rumo pelo qual fomos eleitos em 2023 não será modificado, mas sim redobrado. Vamos continuar defendendo com unhas e dentes, e com tudo o que tivermos, o equilíbrio fiscal. Vamos continuar com a forte restrição monetária, com o esquema cambial, com a política de desregulação”, afirmou.

Apesar de reconhecer a “clara derrota política”, Milei tentou minimizar o impacto, argumentando que o resultado deve ser visto como um “piso” para o La Libertad Avanza e um “teto” para o peronismo, em referência à disputa nacional marcada para 26 de outubro. Mesmo sendo uma eleição provincial, a votação em Buenos Aires foi interpretada como um ensaio para a batalha central deste ano: ampliar a base do governo no Congresso.

Eleições

Com 98,96% das urnas apuradas, a aliança Fuerza Patria (esquerda) alcançou 47,28% dos votos, contra 33,71% do La Libertad Avanza. A derrota foi mais ampla do que o esperado pelo governo, que trabalhava com a possibilidade de um empate técnico ou, no máximo, uma diferença de cinco pontos. Mais de 60% dos eleitores registrados compareceram às urnas.

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O resultado teve peso simbólico ainda maior porque, antes da votação, Milei havia prometido colocar o “último prego no caixão do peronismo” na província mais populosa do país, considerada o principal reduto da oposição. Dos oito distritos eleitorais, os peronistas venceram em seis. O terceiro distrito, mais populoso e historicamente favorável à esquerda, consolidou a vantagem. O interior, onde Milei exibia mais força, não foi suficiente para conter a onda peronista.

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