México buscará fortalecer comércio e investimentos com Canadá durante visita de Carney
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Siga noO México buscará fortalecer o comércio com o Canadá, bem como os investimentos desse país em diferentes áreas da economia local durante a visita desta semana do primeiro-ministro Mark Carney, disse nesta quarta-feira (17) a presidente Claudia Sheinbaum.
O líder canadense visitará o México na quinta-feira e sexta-feira em um momento em que a ofensiva tarifária mundial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, violou os termos do T-MEC, o acordo de livre comércio regional que os três países mantêm desde 2020.
Como parte de sua política protecionista, Trump impôs tarifas a alguns produtos exportados por seus parceiros e ameaça com mais taxas se seus vizinhos não agirem para frear o tráfico de drogas e a migração irregular para os Estados Unidos.
"Queremos fortalecer o comércio com o Canadá (...) em certos setores e, ao mesmo tempo, os investimentos no México em diferentes áreas da economia", afirmou Sheinbaum durante sua habitual coletiva matinal.
A mandatária de esquerda sublinhou que ambos os países desejam "manter o T-MEC" e saudou, por isso, o início das mesas de consulta relacionadas à futura revisão do acordo, prevista para janeiro de 2026.
O tratado de livre comércio da América do Norte foi questionado por Trump, que sustenta que seus termos são prejudiciais para a economia dos Estados Unidos e ameaçou renegociá-lo fora dos prazos previstos.
Sheinbaum ressaltou que a revisão do T-MEC é um mandato estabelecido "por lei" e não "algo que se invente neste momento".
"Está estabelecido na assinatura do tratado que nestas datas deveria abrir-se a convocatória para a consulta sobre a revisão do T-MEC que começará no próximo ano", pontuou.
Os governos do México e dos Estados Unidos publicaram nesta quarta-feira anúncios oficiais onde se estabelece o início do processo de consultas, os meios para participar e a duração do mesmo.
Sheinbaum afirmou que este procedimento é "muito importante" e servirá para abordar temas sensíveis, como as tarifas "decididas pelo governo dos Estados Unidos de maneira unilateral" ou assuntos em matéria laboral.
O México estabeleceu um período de 60 dias para este processo de avaliação do T-MEC, que poderia estender-se por mais 30 dias para equiparar-se aos 90 dias que foram propostos pelos Estados Unidos, detalhou a mandatária.
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