Chefe da AIEA diz que diplomacia no programa nuclear do Irã enfrenta 'momento difícil'
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Siga noO chefe da agência de controle nuclear da ONU, Rafael Grossi, disse à AFP nesta segunda-feira (22) que os esforços diplomáticos para resolver a disputa sobre o programa nuclear do Irã estavam em um momento "difícil".
O Conselho de Segurança da ONU decidiu na sexta-feira reimpor as sanções contra Teerã depois que três países europeus concordaram em ativar o mecanismo de "restabelecimento" de penalidades incluído no acordo nuclear assinado há uma década.
"É óbvio que este é um momento muito difícil. Estamos enfrentando uma situação muito complicada agora", disse o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), acrescentando que as negociações entre as partes envolvidas estavam agendadas para segunda-feira em Nova York.
"O importante é que os contatos continuem", disse ele.
Com a votação da última sexta-feira, o Irã estará novamente sujeito a sanções internacionais a partir de 28 de setembro. Essas sanções foram suspensas em 2015 por meio de um acordo internacional em troca de Teerã restringir e permitir o controle de seu programa nuclear.
Teerã afirmou que a decisão das potências europeias — Reino Unido, França e Alemanha — de ativar o mecanismo de "restabelecimento" frustrou meses de negociações com a AIEA para retomar a supervisão e garantir o cumprimento das normas internacionais.
No início deste mês, o Irã e a AIEA chegaram a um acordo no Cairo que permitiria a retomada das inspeções das instalações nucleares iranianas.
O Irã as suspendeu após Israel e os Estados Unidos atacarem suas instalações nucleares em junho.
Os governos ocidentais acusam o Irã de buscar o desenvolvimento de armas nucleares, uma alegação que Teerã nega.
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