Petróleo fecha sem grandes mudanças, entre sanções e aumento da produção
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Siga noAs cotações do petróleo evoluíram sem grandes mudanças nesta segunda-feira (22), enquanto os operadores hesitavam sobre qual direção seguir diante do recrudescimento das tensões com a Rússia, em um mercado que continua sendo influenciado pelo temor de um excesso de oferta.
O preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em novembro, caiu 0,17%, para 66,57 dólares. Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em outubro, manteve-se praticamente estável, em leve baixa de 0,06%, para 62,64 dólares.
"Irã e Rússia enfrentam esta semana uma maior pressão em matéria de sanções sobre suas exportações de petróleo", indicam os analistas do Eurasia Group.
Na sexta-feira, a Comissão Europeia propôs aos países da União Europeia (UE) a adoção de um 19º "pacote" de sanções contra Moscou, dirigido em particular aos hidrocarbonetos russos.
Nesse mesmo dia, a incursão de três aviões de combate russos no espaço aéreo da Estônia provocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. A Otan também se reunirá na terça-feira.
O endurecimento das sanções sobre as exportações de petróleo desses dois países, que se encontram entre os maiores produtores mundiais, poderia provocar uma elevação dos preços.
Contudo, "uma interrupção importante continua sendo improvável", segundo os analistas da Eurasia Group, que acreditam que as novas medidas europeias são principalmente "um sinal para os Estados Unidos".
O presidente americano, Donald Trump, prometeu no domingo defender a Polônia e os países bálticos se a Rússia intensificar sua atividade militar na região.
"Mas os mercados consideram que suas palavras carecem de sentido", afirmou Arne Lohmann Rasmussen, analista da Global Risk Management. "Não são esperadas novas sanções americanas", acrescentou.
Até agora, Rússia e Irã conseguiram limitar o impacto das sanções que foram impostas.
Na atualidade, o mercado continua sob pressão devido a um crescimento mais rápido da oferta do que da demanda, particularmente devido ao aumento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) nos últimos meses.
Isso gera uma preocupação persistente para um excesso de oferta no quarto trimestre de 2025 e o primeiro semestre de 2026.
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