Internacional

Alemanha entra em corrida armamentista frente à ameaça russa

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A Alemanha anunciou, nesta quinta-feira (25), o lançamento de um programa de defesa espacial de 35 bilhões de euros (213 bilhões de reais), comprometendo-se também em uma "corrida armamentista" no setor de drones para enfrentar particularmente a ameaça russa.

Durante uma conferência em Berlim, o ministro da Defesa Boris Pistorius anunciou que esses fundos serão investidos até 2030 em projetos militares espaciais defensivos e ofensivos. Segundo o ministro, os países ocidentais devem se atualizar em relação a Rússia e China.

Horas antes, diante dos deputados alemães, o ministro do Interior Alexander Dobrindt declarou que a Europa estava "em uma corrida armamentista" no que diz respeito aos meios para se defender contra drones hostis, após a multiplicação de incidentes em que Moscou aparece como principal suspeito.

Ao se dirigir a um grupo de industriais, Boris Pistorius descreveu um panorama sombrio frente à ameaça russa e chinesa no espaço, acusando seus rivais de espionagem, agressões e desenvolvimento de armas antissatélites.

Segundo Pistorius, é urgente investir em capacidades militares, pois um ataque a um sistema de navegação por satélite ocidental poderia afetar "milhões de seres humanos".

"Os sistemas do Exército alemão já estão sendo afetados por ataques de interferência", acusou, assegurando que "a economia e a sociedade como um todo" também estão sendo atacadas.

O ministro apontou que Rússia e China desenvolveram "rapidamente suas capacidades para travar uma guerra no espaço" e lembrou que a invasão russa da Ucrânia, há três anos, constitui um ponto de inflexão para a segurança do bloco ocidental.

Os países ocidentais e seus rivais se acusam mutuamente de buscar militarizar o espaço, aumentando o risco de uma corrida armamentista espacial e, portanto, de um confronto em um setor que durante décadas foi mais dominado pela cooperação pacífica.

Por sua vez, o presidente Donald Trump anunciou que quer construir um sistema antimísseis, chamado Cúpula Dourada, que a Rússia considera como um reavivamento do projeto "guerra nas estrelas" dos Estados Unidos no final da Guerra Fria.

Pelo lado alemão, os investimentos de 35 bilhões de euros devem servir para proteger os sistemas satelitais e terrestres, bem como para criar meios próprios de transporte espacial.

alf/clp/cbr/pb/mb/dd/mvv

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