Internacional

Argentina restabelece impostos sobre exportações agrícolas, mas mantém isenção para carne

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O governo argentino restabeleceu os impostos sobre as exportações de grãos, que havia eliminado no início da semana, ao alcançar o aporte máximo de dólares preestabelecido, mas manteve a isenção para as carnes, anunciou o governo nesta quinta-feira (25).

O anúncio encerra uma semana em que o governo do presidente argentino, Javier Milei, enfraquecido por turbulências financeiras, recebeu o apoio de Washington.

O Tesouro dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira que está negociando uma linha de financiamento temporária (swap line) com o Banco Central argentino no valor de 20 bilhões de dólares (R$ 107 bilhões), além de possíveis facilidades de crédito ou compra de dívida argentina.

O anúncio acalmou os mercados, freou a desvalorização da moeda e aliviou os temores de um calote, depois que uma corrida bancária contra o peso forçou o Banco Central a intervir, vendendo mais de 1 bilhão de dólares (R$ 5,43 bilhões) na semana passada.

Na manhã de quarta-feira, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse no X que seu governo estava trabalhando com os pares argentinos "para finalizar as isenções fiscais para os produtores de matérias-primas que convertem divisas".

A Argentina havia decidido, na segunda-feira, suspender os impostos sobre a exportação de grãos e carnes até 31 de outubro ou até que fosse cumprida a meta de 7 bilhões de dólares (R$ 37,4 bilhões), com o objetivo de "gerar uma maior oferta de dólares".

Na noite de quarta-feira, a Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (Arca) informou que a meta para os grãos havia sido alcançada e que, consequentemente, essa suspensão seria levantada.

"O regime de zero retenção (impostos sobre exportações) para a exportação de aves e carne bovina continua sem limite até 31 de outubro", destacou nesta quinta-feira o porta-voz presidencial, Manuel Adorni.

Com essas medidas, o Executivo buscou incentivar o setor agropecuário, que representa 60% das exportações argentinas, a liberar suas reservas e exportar, em vez de esperar.

Após o apoio na quarta-feira do governo americano ao programa de Milei, o dólar era cotado nesta quinta-feira a 1.345 pesos, frente a 1.515 na sexta-feira, uma valorização da moeda local de mais de 12% em menos de uma semana.

A ideia da assistência americana, explicou Bessent na quarta-feira, é "ajudá-lo [Milei] a manter o rumo até a eleição" e evitar "que um desequilíbrio nos mercados cause um retrocesso em suas reformas econômicas substanciais".

Bessent se referia às eleições legislativas argentinas de 26 de outubro, nas quais Milei busca ampliar seu apoio parlamentar para promover reformas.

Mas a derrota de seu partido em uma eleição local-chave no início de setembro aumentou a inquietação dos mercados, já preocupados com as baixas reservas do Banco Central.

pbl-mry/lm/dga/am

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