Petróleo se mantém estável apesar de tensões geopolíticas
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Siga noOs preços do petróleo se mantiveram praticamente estáveis nesta quinta-feira (25), após várias sessões com fortes altas, enquanto os riscos geopolíticos ainda rondam o mercado.
O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro subiu 0,16%, chegando a 69,42 dólares.
Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate para o mesmo mês, caiu 0,02%, para 64,98 dólares por barril.
"Os preços do petróleo se mantêm estáveis hoje, mas subiram nos últimos dias à medida que aumentam as tensões com a Rússia", declarou nesta quinta-feira à AFP Rob Thummel, da Tortoise Capital Management.
"O risco de interrupção no fornecimento continua crescendo após os ataques ucranianos" contra a infraestrutura petrolífera russa, observou por sua vez Phil Flynn, da Price Futures Group, em uma nota.
Diversas refinarias russas foram alvo de ataques nos últimos dias, incluindo algumas das maiores do país, o que afetou sua capacidade industrial.
A perspectiva de sanções dos Estados Unidos e da Europa contra Moscou também contribui para a tendência de alta.
Na quinta-feira, durante uma recepção na Casa Branca, o presidente americano, Donald Trump, pediu a seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, que deixasse de comprar petróleo russo.
Ele também qualificou como "indesculpáveis" as compras de petróleo russo por parte da União Europeia (UE).
Sob essa pressão dos Estados Unidos, a Comissão Europeia proporá um aumento nas tarifas sobre o petróleo de Moscou, que dois países da UE, Hungria e Eslováquia, ainda seguem importando, segundo anunciou um porta-voz na quarta-feira.
"Se a produção ou as exportações de petróleo russo diminuírem significativamente, o mercado mundial pode se encontrar em uma situação de escassez de oferta", explicou Thummel.
Por enquanto, no entanto, a perspectiva de um superávit de petróleo ainda pesa bastante.
"Continuamos em um ambiente no qual o mercado teme uma possível acumulação de estoques no quarto trimestre", disse Arne Lohmann Rasmussen, analista da Global Risk Management.
Nos últimos meses, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) aumentou significativamente a produção, o que gera temores de que a oferta supere a demanda.
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