'TEMOS QUE PEGAR'

Pokémon nega envolvimento em vídeo pró-deportação da Casa Branca

Vídeo do Departamento de Segurança Interna usa música e cenas do anime sem autorização

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A Pokémon Company International afirmou nesta semana que não autorizou o uso de sua propriedade intelectual em um vídeo publicado pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) e pelo ICE (Serviço de Imigração e Alfândega), órgãos do Governo dos Estados Unidos.

O vídeo, que circulou nas redes sociais oficiais da Casa Branca, usou a música-tema e cenas do anime Pokémon, incluindo o personagem Ash e o slogan "Gotta catch 'em all" (Temos que pegar, como foi traduzido para o português), para divulgar ações pró-deportação de imigrantes.

Em comunicado à Variety, a empresa negou qualquer participação com a produção. "Estamos cientes de um vídeo publicado recentemente pelo Departamento de Segurança Interna que inclui imagens e linguagem associadas à nossa marca. Nossa empresa não esteve envolvida na criação ou distribuição deste conteúdo, e não foi concedida permissão para o uso de nossa propriedade intelectual", disse. 

O vídeo, publicado na conta do Homeland Security no X e no TikTok da Casa Branca, apresenta montagens de prisões realizadas por agentes da patrulha de fronteira e do ICE, intercaladas com cenas do anime Pokémon e cards colecionáveis falsos. Cada card mostrava fotos de detidos pelo ICE e supostos crimes, incluindo assassinato, pedofilia, roubo, homicídio culposo e abuso infantil.

Nos créditos, a produção é atribuída ao Departamento de Segurança Interna (DHS), o que sinaliza que a peça faz parte da comunicação oficial do governo. Vale destacar que o governo americano tem adotado políticas migratórias cada vez mais duras. 

Desde o início do governo Donald Trump, deportações em massa se tornaram comuns, levantando a discussão sobre direitos dos imigrantes. 

Esta não é a primeira vez que celebridades ou empresas aparecem em vídeos do DHS sem autorização. Na terça-feira, o comediante Theo Von se manifestou após ter um áudio utilizado em vídeo sobre deportações. 

"Yooo DHS, eu não aprovei para ser usado nisso. Por favor, apague e me mantenha fora dos seus vídeos 'de deportação'. Meus pensamentos e meu coração são muito mais sutis do que este vídeo permite”, disse. De forma semelhante, em julho, a cantora Jess Glynne criticou o uso de sua música em um vídeo de deportações do governo norte-americano, que se tornou viral.

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No último mês de agosto, um vídeo oficial apresentou Tom Homan, ex-diretor do ICE, como o personagem “Bebê Sol” de Teletubbies, enquanto transmitia mensagens ameaçadoras a imigrantes em situação irregular.  

Principais batalhas de Pokémon envolvendo direitos autorais

  • Pokémon vs. Pokémon Go clones: A Pokémon Company processou jogos que copiavam personagens, mecânicas ou conceitos do Pokémon Go, protegendo propriedade intelectual e direitos autorais;
  • Pokémon vs. fanarts e conteúdos online: A empresa monitora e, em alguns casos, envia notificações de DMCA contra vídeos e obras online que usam imagens, músicas ou personagens sem autorização;
  • Pokémon vs. Pokkén Tournament merchandising: Disputas sobre licenciamento de produtos relacionados ao jogo, incluindo roupas, brinquedos e acessórios, garantindo que apenas parceiros oficiais utilizem os personagens;
  • Pokémon vs. empresas de apps e produtos não licenciados: A companhia já acionou legalmente aplicativos e produtos que utilizavam nomes ou imagens de Pokémon sem contrato ou permissão;
  • Pokémon vs. vídeos políticos e governamentais: Em caso recente, o vídeo do ICE/DHS usando música-tema e imagens do anime sem autorização, resultando em pronunciamento oficial da Pokémon Company; 
  • Pokémon vs. outros jogos e franquias: Processos históricos contra empresas que lançaram jogos com conceitos muito próximos aos de Pokémon, como Pokémon Ripoffs nos anos 2000, reforçando proteção de IP.

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