Redução de atenção primária causaria até 164 mil mortes em 5 anos na América Latina
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Siga noUma redução repentina e massiva da atenção primária à saúde na América Latina e no Caribe poderia provocar entre 32,1 mil e 164,8 mil mortes evitáveis, além de perdas de até 37 bilhões de dólares (197 bilhões de reais) em cinco anos, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (29).
Um choque sanitário como uma nova pandemia global, capaz de reduzir em 25% a 50% os serviços básicos de saúde, "poderia causar entre 32.100 e 164.800 mortes adicionais" no período de cinco anos, apontou o estudo conjunto da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Banco Mundial, publicado na revista científica The Lancet.
O impacto econômico estimado seria de 7 bilhões a 37 bilhões de dólares (37 a 197 bilhões de reais) no mesmo intervalo, acrescentaram os autores.
A atenção primária costuma ser a primeira instância de contato dos pacientes, além de aliviar hospitais e clínicas de problemas menos graves.
O texto destaca que a região avançou de forma significativa em cobertura médica: em 2019, 77% da população da América Latina e do Caribe tinham acesso a serviços de saúde, contra 65% em 2000.
No entanto, a pandemia de covid-19 colocou à prova esses sistemas básicos.
"A saúde universal e a atenção primária de saúde são essenciais para enfrentar os desafios únicos da região e garantir saúde equitativa para todos", ressaltou o relatório, divulgado por ocasião de uma reunião ministerial da Opas.
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