A polícia de Londres anunciou, nesta segunda-feira (1º), a acusação de 47 pessoas por terem manifestado apoio ao grupo Palestine Action, elevando para 114 o número de indivíduos processados desde que o movimento foi designado como "terrorista" em julho.

Os acusados, com idades entre 18 e 81 anos, foram detidos durante uma manifestação em 19 de julho e deverão comparecer a um tribunal londrino nos dias 27 e 28 de outubro, declarou a polícia em um comunicado.

Caso sejam considerados culpados, enfrentarão uma pena máxima de seis meses de prisão.

O governo trabalhista britânico proibiu o Palestine Action, classificando-o como um grupo "terrorista" em julho, após atos de vandalismo cometidos em uma base da Royal Air Force.

Desde então, várias manifestações têm sido organizadas para protestar contra a decisão. Mais de 700 pessoas foram presas, sendo 114 delas acusadas até o momento. 

Criado em 2020, o Palestine Action se apresentava como um movimento de denúncia da "cumplicidade britânica" com o Estado de Israel, sobretudo em relação à venda de armas.

O grupo realizou várias ações no Reino Unido contra estabelecimentos de empresas de armamento, incluindo o grupo israelense Elbit. 

Em março, o Palestine Action invadiu um campo de golfe pertencente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Escócia, e escreveu na grama "GAZA IS NOT 4 SALE" ("Gaza não está à venda").

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