A polícia israelense informou que agentes fronteiriços mataram a tiros, nesta segunda-feira (15), um palestino quando tentava entrar em Jerusalém escalando a barreira que separa a cidade da Cisjordânia ocupada.
O Ministério da Saúde palestino, com sede em Ramallah, identificou o homem como Sanad Najed Mohammed Hantouli, de 25 anos, e disse que foi abatido por disparos israelenses perto da aldeia de Al Ram, ao norte de Jerusalém.
Um porta-voz da polícia israelense informou que agentes da polícia fronteiriça "frustraram uma tentativa de infiltração através da barreira de segurança em Jerusalém".
"O suspeito foi abatido e neutralizado", declarou o porta-voz em um comunicado, acrescentando que posteriormente foi declarado morto pelas equipes médicas.
O corpo de Hantouli foi transferido para o complexo médico palestino de Ramallah antes de ser levado para sua cidade natal, Silat al-Dhahr.
Muitos palestinos tentaram cruzar ilegalmente a barreira de separação nos últimos meses para procurar trabalho em Israel.
As travessias aumentaram depois que as autoridades revogaram milhares de permissões de trabalho após o início da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Muitos morreram fugindo das forças israelenses, afirmam funcionários palestinos.
Israel começou a construir a barreira durante a segunda intifada palestina, em 2002. Naquela época, alegou que era necessária para manter a segurança diante dos atentados suicidas palestinos em Jerusalém e outras cidades israelenses.
A barreira atravessa muitas partes da Cisjordânia e os palestinos a consideram uma apropriação de terras e uma fronteira de fato, ilegal segundo o direito internacional.
Os palestinos afirmam que a barreira agravou ainda mais a crise econômica na Cisjordânia.
Israel mantém restrições rigorosas à circulação dos aproximadamente três milhões de residentes da Cisjordânia, que precisam de permissões especiais para cruzar os postos de controle em direção a Jerusalém Oriental ou Israel.
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