Pelo segundo ano consecutivo, o governo do estado mexicano de Sinaloa (noroeste) suspendeu, nesta segunda-feira (15), as comemorações pela independência do país, devido à onda de violência provocada pelo crime na região. Outros municípios também cancelaram as festividades.

No último dia 9 de setembro, uma guerra entre facções do Cartel de Sinaloa completou um ano com cerca de 1.700 homicídios, inclusive de 57 menores, e quase 2.000 desaparecimentos. 

O conflito começou após a prisão do líder histórico do cartel, Ismael "El Mayo" Zambada, de 75 anos, sequestrado em julho de 2024 por um filho de seu antigo sócio, Joaquín "Chapo" Guzmán, e levado de avião para os Estados Unidos. 

"Decidi que neste 15 de setembro a celebração de nossa independência será limitada apenas ao ato cívico protocolar", disse o governador de Sinaloa, Rubén Rocha, após informar o cancelamento e agradecer aos artistas que participariam das celebrações. 

"Apelo à compreensão das e dos sinaloenses e os convido a celebrar em cada um de nossos lares", acrescentou o governador em um vídeo divulgado no domingo em suas redes sociais. 

Quatro municípios do estado de Michoacán também anunciaram a suspensão dos festejos, que incluíam a encenação do 'Grito de Independência' na noite desta segunda-feira, e um desfile cívico-militar na terça-feira.

Funcionários do estado confirmaram que os eventos foram cancelados em Uruapan, Zinapécuaro, Peribán e Tocumbo devido à atividade de grupos criminosos em suas jurisdições. 

"Respeitamos" sua decisão, disse nesta segunda-feira o governador de Michoacán, Alfredo Ramírez Bedolla, à imprensa. "Cada município é responsável por seu território", acrescentou. 

A prefeita do distrito de Iztapalapa, na Cidade do México, também cancelou uma grande festa popular, após a explosão de um caminhão de gás na última quarta-feira, que deixou pelo menos 14 mortos, segundo o balanço oficial mais recente divulgado nesta segunda-feira.

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