A ex-diretora dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Susan Monarez, afirmou nesta quarta-feira (17) no Senado que o governo de Donald Trump a afastou do cargo no mês passado por se recusar a aprovar mudanças no calendário de vacinação infantil sem base científica.
Nomeada por Trump em janeiro deste ano, também disse que o secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., exigiu que ela demitisse cientistas da agência sem justificativa, a fim de desmantelar as estruturas de saúde do país.
"Nem mesmo sob pressão pude substituir evidências por ideologia ou comprometer minha integridade", declarou diante do comitê. "A política de vacinação deve ser guiada por dados confiáveis, não por resultados pré-determinados."
O depoimento de Monarez ocorre na véspera de uma reunião do Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização, organismo que o secretário de Saúde reorganizou completamente com membros que, como ele, são contrários às vacinas.
A ex-diretora também denunciou que Kennedy havia exigido que ela aceitasse todas as recomendações que este comitê fizesse aos CDC.
O secretário de Saúde já havia declarado anteriormente ao Comitê de Finanças do Senado que pediu que ela mantivesse a mente aberta sobre as vacinas e justificou sua demissão alegando que ela não era "digna de confiança".
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