Os países europeus aprovaram, nesta quinta-feira (18), um acordo mínimo para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa até 2035, antes da Assembleia Geral da ONU, na próxima semana, e da COP30, em novembro no Brasil.

Na ausência de uma decisão definitiva, o bloco aprovou, em Bruxelas, uma faixa de redução de emissões situada entre -66,25% e -72,5% em relação a 1990.

A Dinamarca, que ocupa a presidência rotativa da União Europeia, apresentou este compromisso para mostrar que a Europa não renunciou à sua "liderança" climática, apesar das divergências entre os Estados.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defenderá as ambições climáticas da Europa na próxima quarta-feira em Nova York, no âmbito da Assembleia Geral da ONU.

A COP30, a grande conferência climática da ONU, começará em 10 de novembro no Brasil.

No entanto, o documento aprovado após difíceis negociações entre os ministros do Meio Ambiente é apenas uma "declaração de intenções" e não um compromisso firme.

Abalada pelo avanço da extrema-direita nas eleições europeias de junho de 2024, a UE se mostra muito menos ambiciosa em questões ambientais do que no mandato anterior.

A proposta da Comissão Europeia de reduzir em 90% as emissões de gases de efeito estufa até 2040 em comparação a 1990 continua bloqueada.

Dinamarca, Suécia e Espanha a apoiam, enquanto países como Hungria e República Tcheca se opõem em nome da defesa de sua indústria.

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