A União Europeia (UE) propôs, nesta sexta-feira (19), proibir a compra de gás liquefeito russo um ano antes do previsto, como parte de um novo pacote de sanções pela guerra na Ucrânia e para agradar ao presidente americano, Donald Trump.

A proposta da Comissão Europeia aos países-membros da UE busca eliminar gradualmente as importações de gás natural liquefeito (GNL) russo até o prazo de 1º de janeiro de 2027, um ano antes do previsto.

"A economia de guerra da Rússia se mantém com as receitas provenientes dos combustíveis fósseis. Queremos reduzir essas receitas. Por isso estamos proibindo as importações de GNL russo para os mercados europeus", disse a presidente da comissão, Ursula von der Leyen.

"É hora de fechar a torneira", acrescentou.

A proposta surge quando os Estados Unidos pressionam o bloco para parar de comprar combustíveis russos, enquanto a UE, por sua vez, tenta convencer Trump a adotar uma postura mais firme contra Moscou pela sua invasão da Ucrânia.

O líder americano não pressionou mais o presidente russo, Vladimir Putin, sobre o tema da Ucrânia, mas disse na semana passada que estava preparado para fazê-lo se os aliados parassem de comprar petróleo russo e impusessem tarifas à China.

A UE, composta por 27 países, já proibiu quase todas as importações de petróleo russo por meio de sanções anteriores e agora compra daquele país apenas 2% do petróleo que consome, contra 29% em 2021.

Os únicos países da UE que continuam comprando petróleo russo são Hungria e Eslováquia, ambos próximos a Moscou e a Trump.

Von der Leyen, no entanto, não mencionou o petróleo ao apresentar o 19º pacote de sanções contra Moscou desde o início da guerra na Ucrânia em 2022.

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