As cotações do petróleo recuaram nesta sexta-feira (19), pelo terceiro dia consecutivo, ainda afetadas por perspectivas de uma oferta excessiva, enquanto o gás não se beneficiou de uma proposta da União Europeia voltada a cortar, antes do previsto, suas importações de gás natural liquefeito russo.

A Comissão Europeia apresentou nesta sexta aos países do bloco um novo "pacote" de sanções contra Moscou, o 19º desde a ofensiva russa na Ucrânia, iniciada em 2022.

Entre suas proposições, "a eliminação gradual do gás natural liquefeito russo até 1º de janeiro de 2027", escreveu na rede X a titular da diplomacia europeia, Kaja Kallas.

"Em 2024, o gás russo representava 19% das importações totais de gás da União Europeia", ou seja, muito menos que antes da guerra na Ucrânia (45%), ressaltam os analistas do DNB Carnegie.

"O anúncio da União Europeia não terá um efeito significativo até dentro de mais de um ano, por isso não tem impacto no mercado atual", disse à AFP Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

Os papéis de contratos futuros holandeses TTF, a referência europeia para gás natural, caíram 1,95%, para 32,31 euros por megawatt/hora (MWh).

Quanto ao petróleo, os operadores temem o impacto dos aumentos de produção de membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+).

O preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em novembro, recuou 1,13%, para 66,68 dólares. Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em outubro, retrocedeu 1,40%, para 62,68 dólares.

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