Cinco mexicanos foram presos durante uma operação em um laboratório clandestino de metanfetamina em uma fazenda na África do Sul, informou nesta segunda-feira (22) à AFP um porta-voz da polícia de Pretória.
Além de material de fabricação e precursores químicos, foi apreendida metanfetamina no valor de 350 milhões de rands (20 milhões de dólares ou 106 milhões de reais), empacotada principalmente em caixas de comida.
A operação foi realizada na sexta-feira em Volksrust, a 250 km ao sudeste de Johannesburgo.
A possível conexão dos suspeitos com um cartel "continua sendo investigada", acrescentou o porta-voz, que acrescentou que um sul-africano também foi preso.
Em julho de 2024, a polícia sul-africana prendeu três mexicanos e apreendeu cerca de 2 bilhões de rands de metanfetamina (pouco menos de 120 milhões de dólares ou 645 milhões de reais no câmbio de 2024) na cidade de Groblersdal.
Meses depois, em novembro de 2024, um mexicano foi preso após a descoberta de 100 milhões de rands de metanfetamina.
A Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC) afirmou em um relatório de julho de 2025 que "a magnitude das apreensões e o envolvimento dos cartéis mexicanos" indicam que esses laboratórios "abastecem o mercado internacional".
Segundo a ONG com sede em Genebra, "existe uma demanda inesgotável de cocaína e de metanfetamina na Austrália e na Nova Zelândia, onde os preços de varejo dessas duas substância estão entre os mais altos do mundo".
O volume de comércio lícito que já existe entre África do Sul e Austrália "contribui para o auge dessa rota" para a metanfetamina, concluiu.
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