Autoridades dos Estados Unidos e do México anunciaram neste sábado (27) a implementação de operações na fronteira comum para conter o tráfico de armas para o México.

O governo mexicano acusa as lojas de armas dos Estados Unidos de serem parcialmente responsáveis pela onda de violência ligada ao crime organizado que abala o país desde o fim de 2006, e que já provocou mais de 480.000 assassinatos, segundo números oficiais.

As operações fronteiriças fazem parte de uma missão conjunta lançada quase um mês depois de o secretário de Estado americano Marco Rubio se reunir na Cidade do México com a presidente Claudia Sheinbaum para oficializar um protocolo que amplia a cooperação em segurança, informou a chancelaria mexicana em comunicado.

Além disso, os 32 estados que compõem o México implementarão tecnologia de identificação balística e terão acesso a um sistema de rastreamento de armas utilizado por diversas agências de segurança dos Estados Unidos, disse o Departamento de Estado em outro boletim.

Desde o seu retorno à Casa Branca em janeiro, o presidente Donald Trump acusa o México de não fazer o suficiente para combater o tráfico de drogas e a migração irregular.

Como medida de pressão, o magnata republicano ameaçou impor tarifas às exportações mexicanas, das quais 83% têm como destino os Estados Unidos.

Sheinbaum conseguiu adiar a imposição de tarifas gerais ao reforçar a vigilância na fronteira norte e entregar aos Estados Unidos importantes narcotraficantes presos.

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