Penas de 12 a 35 anos de prisão por exploração sexual infantil no Reino Unido
compartilhe
Siga noSete homens foram condenados a penas de 12 a 35 anos de prisão por estupros sofridos por duas jovens submetidas à escravidão sexual durante cinco anos, um caso de grande repercussão no Reino Unido.
"Estas duas garotas eram extremamente vulneráveis. Passaram de mão em mão para fins sexuais e foram maltratadas, humilhadas, machucadas", declarou o juiz Jonathan Seely, de um tribunal de Manchester.
O líder do grupo, Mohammed Zahid, nascido no Paquistão, foi condenado a 35 anos de prisão, a pena mais severa. Zahid vendia lingerie em Rochdale, perto de Manchester, e atraía adolescentes prometendo álcool ou drogas em troca de relações sexuais.
Segundo o promotor Rossano Scamardella, as duas jovens tinham 13 anos no início dos abusos, que duraram de 2001 a 2006.
Elas eram obrigadas a manter relações sexuais "com vários homens no mesmo dia", "em apartamentos em ruínas, sobre colchões mofados" ou até mesmo "em carros, estacionamentos ou galpões abandonados", denunciou.
Os sete homens foram processados no âmbito da Operação Lytton, uma investigação iniciada em 2015 pela polícia da Grande Manchester sobre casos de exploração sexual de menores em Rochdale.
Por várias décadas, uma rede de exploração sexual infantil agiu em várias cidades inglesas. A maior parte dos abusadores era de origem paquistanesa e a maioria das meninas e adolescentes vivia em situação de vulnerabilidade.
Mais de cem homens já foram condenados e as vítimas são estimadas em milhares.
A polícia e os serviços sociais foram duramente criticados por sua falha em protegê-las.
cla/alm/psr/mb/jc/aa