Internacional

Especialistas da ONU alertam que plano de paz de Trump para Gaza pode causar mais opressão

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Dezenas de especialistas da ONU alertaram, nesta sexta-feira (3), que elementos-chave do plano de paz do presidente americano Donald Trump para a Faixa de Gaza são incompatíveis com a lei internacional e podem aumentar a opressão contra os palestinos.

"Impor uma paz imediata a qualquer custo, ignorando descaradamente a lei e a justiça, é uma receita para maior injustiça, violência futura e instabilidade", disseram os 35 especialistas das Nações Unidas em comunicado.

Eles expressaram séria preocupação por mais de uma dúzia de aspectos dos 20 pontos do plano revelados pelo presidente dos Estados Unidos na semana passada, que conta com o apoio do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Os especialistas, designados pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, mas que não falam em nome da organização, indicaram que acolhem "parte do plano de paz".

Eles celebram o pedido de um cessar-fogo permanente, a rápida libertação dos reféns e o fornecimento de ajuda. Também saúdam o pedido para que não haja deslocamentos forçados, que não se realize a anexação de território e que as forças israelenses sejam retiradas.

No entanto, alertam que outros elementos do plano são "profundamente inconsistentes com as regras fundamentais da lei internacional".

Os estudiosos criticam a proposta do plano de paz de criar uma entidade de transição em Gaza que será liderada pelo próprio Trump, apontando que isso "lamentavelmente lembra práticas coloniais e deve ser rejeitado".

Também apontam que a "força internacional de estabilização [...] substituirá a ocupação israelense por uma ocupação liderada pelos Estados Unidos, o que é contrário à autodeterminação palestina".

O grupo acrescenta que é "absolutamente inaceitável" que o plano proponha deixar uma ocupação parcial israelense no local de maneira "indefinida", em um perímetro de segurança dentro de Gaza.

Os especialistas, entre os quais está Francesca Albanese, relatora especial para direitos no território palestino, insistem em que qualquer plano de paz deve garantir a autodeterminação e "não criar mais condições de opressão".

nl/rjm/phz/eg/meb/ic/rpr

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