Freio nas energias renováveis dificulta alcançar meta da COP28
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O crescimento das energias renováveis está desacelerando devido a mudanças políticas sobretudo nos Estados Unidos e na China, o que complicará o alcance da meta de triplicar as capacidades até 2030, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE).
No ano passado, a AIE ainda acreditava que era possível alcançar essa meta, definida no acordo final na COP28 em Dubai em 2023.
No entanto, de acordo com o último relatório anual da agência, publicado nesta terça-feira (7), a capacidade global de energia produzida a partir de fontes renováveis, como solar, eólica e hidrelétrica, deve "atingir 2,6 vezes o nível de 2022 até 2030".
A AIE enfatiza que essas projeções são "menores do que os 5%" do ano passado e "refletem mudanças políticas, regulatórias e de mercado desde 2024".
Isso se explica por dois motivos principais, segundo a agência: primeiro, a eliminação antecipada de incentivos fiscais federais nos Estados Unidos e outras mudanças regulatórias, que levaram a AIE a reduzir suas projeções para o mercado americano em quase 50% em comparação com o ano passado.
Em segundo lugar, o fato de a China ter passado de um sistema de tarifas regulamentadas para um sistema baseado em licitações para a compra de eletricidade renovável, o que "afeta a lucratividade dos projetos" e leva a uma queda nas previsões de crescimento para o país.
A AIE prevê que a capacidade global de energia renovável aumentará em 4.600 gigawatts (GW) até 2030, o que é "aproximadamente equivalente à capacidade total de produção da China, União Europeia e Japão combinados".
Há um ano, a AIE previu que essas capacidades quase triplicariam, com mais de 5.500 GW adicionados entre 2024 e 2030.
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