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Homem acusado de estuprar Gisèle Pelicot sabia que ela estava dormindo, diz investigador

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O homem julgado em apelação pelo estupro de Gisèle Pelicot em 2019 na França estava "plenamente ciente" de que a mulher, que se tornou um ícone feminista global, estava dormindo, declarou um investigador nesta terça-feira (7). 

Husamettin Dogan, um ex-pedreiro de 44 anos, compareceu sozinho a um tribunal em Nîmes, no sul da França, após ser o único dos 51 homens condenados em dezembro a recorrer da sentença. 

O réu alega que "nunca" teve a intenção de estuprá-la e que foi manipulado pelo então marido dela, Dominique Pelicot, a quem o tribunal condenou a 20 anos de prisão por drogá-la para dormir e estuprá-la com estranhos entre 2011 e 2020. 

"Não tenho dúvidas de que ele estava plenamente ciente do estado da vítima", previamente sedada por seu agora ex-marido, disse o chefe da investigação do caso, Jérémie Bosse-Platière, nesta terça-feira. 

"Todos que assistem aos vídeos entendem imediatamente", acrescentou. O arquivo inclui 107 fotos e 14 vídeos da noite de 28 de junho de 2019, encontrados no disco rígido de Dominique.

Em vários vídeos, o acusado aparece penetrando a vítima e forçando Gisèle Pelicot, completamente "inerte e roncando", a praticar sexo oral nele, na companhia do ex-marido. 

O investigador descreve um vídeo em que a mulher de 72 anos se move e o agressor se retira rapidamente. 

"Ele está preocupado com a possibilidade de a vítima acordar e permanece imóvel, em posição de espera. Após 30 segundos, ao perceber que foi um reflexo devido à dor ou ao desconforto, ele reinsere o pênis na vagina dela", explica. 

O policial destaca que ambos os homens agiram em silêncio para não acordar a vítima e acredita que o acusado permaneceu ali "por pelo menos 3 horas e 24 minutos", embora a defesa afirme que foi meia hora. 

Dogan alega que Dominique Pelicot o forçou a continuar, embora, segundo o investigador, não tenha havido ameaças. 

O ex-marido deve depor como testemunha nesta terça-feira. Sua advogada, Béatrice Zavarro, garantiu que ele manterá a posição do primeiro julgamento, na qual afirmou que "todos" sabiam da situação.

dac-siu/tjc/mb/aa/jc

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