'De partir o coração', diz Gattuso sobre Gaza antes de jogo entre Itália e Israel
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O técnico da seleção da Itália, Gennaro Gattuso, declarou nesta terça-feira (7) que a guerra em Gaza é "de partir o coração", mas que sua equipe não pode se retirar da partida contra Israel daqui a uma semana, pelas Eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2026.
A 'Azzurra' jogará no sábado à noite em Talin contra a Estônia, mas todos os holofotes estão voltados para o duelo contra os israelenses, na terça-feira que vem, na Itália, onde a mobilização a favor dos palestinos ganhou força e muitos pedem que a seleção nacional não jogue esta partida.
"Sabemos que temos que jogar, se não perderemos por 3 a 0 [por W.O.]. Mas reitero: é muito triste ver o que acontece a estas pessoas inocentes, a estas crianças. Parte o coração ver tudo isso", declarou Gattuso em entrevista coletiva.
A Itália foi palco no último fim de semana de algumas das manifestações que reuniram mais pessoas na Europa contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, lançada após os ataques do Hamas no dia 7 de outubro de 2023.
Na última sexta-feira, em apoio aos palestinos, manifestantes se aproximaram do centro de treinamento da seleção italiana em Florença para exigir que o jogo contra Israel seja cancelado.
Outras manifestações estão anunciadas para a próxima terça-feira em Udine, onde acontecerá a partida.
Um forte esquema de segurança será desdobrado no entorno do Estádio Friuli, embora tenha havido pouca procura por ingressos.
"O ambiente não será tranquilo, porque haverá 10 mil pessoas fora do estádio e entre 5 mil e 6 mil dentro", prevê Gattuso.
"Queremos nos classificar para a Copa do Mundo e eu preferiria jogar este jogo em casa, diante de um público animado como foi há um mês em Bérgamo [na vitória por 5 a 0 sobre a Estônia]", acrescentou.
A Itália, que não disputou os dois últimos Mundiais, em 2018 e 2022, ocupa a segunda posição do Grupo I das Eliminatórias com nove pontos, igualada com Israel. A liderança é da Noruega (15 pontos), que tem um jogo a mais.
Só o primeiro da chave garante vaga direta na Copa do ano que vem, que será organizada em conjunto por Estados Unidos, México e Canadá. Os segundos de cada grupo terão que disputar uma repescagem.
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