Alemanha registrará leve crescimento econômico em 2025, mas permanecerá frágil
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A Alemanha registrará um leve crescimento econômico em 2025, após dois anos consecutivos de recessão e apesar das previsões de estagnação dos último meses, destacaram, nesta quarta-feira (8), as projeções atualizadas do governo.
O Produto Interno Bruto alemão (PIB) deverá crescer 0,2% este ano, anunciou a ministra da Economia, Katherina Reiche, em uma coletiva de imprensa.
As últimas projeções, publicadas em abril, previam uma estagnação da atividade após uma queda do PIB de 0,9% em 2023 e 0,5% em 2024.
Mas, para 2026, as autoridades agora preveem um aumento mais acentuado, embora alertem para sua fragilidade em meio à crise industrial.
A coalizão entre conservadores e social-democratas liderada pelo conservador Friedrich Merz, que assumiu funções no início de maio, tenta dar um verdadeiro impulso ao PIB.
Em suas projeções, o governo aposta em um crescimento de 1,3% para o próximo ano, contra 1,0% anteriormente. E para 2027, eleva o crescimento para 1,4% do PIB.
No entanto, a ministra da Economia mostrou cautela. "A economia alemã está estagnada desde 2019 [...]. A Alemanha corre o risco de ficar para trás", alertou.
"As perspectivas continuam sendo modestas" para o segundo semestre, especialmente devido às tarifas americanas, que agravam a crise atual no setor manufatureiro, acrescentou.
Um exemplo disso é a clara queda na produção industrial em agosto, especialmente no setor automobilístico, de acordo com números oficiais publicados nesta quarta-feira.
Apesar de um acordo assinado com o presidente americano, Donald Trump, "a política comercial imprevisível" de Washington representa um dos principais riscos para o crescimento, alertou um comunicado do Ministério.
Em 2026 e 2027, "grande parte do crescimento" virá dos centenas de milhares de euros investidos em infraestruturas que precisam ser renovadas e no setor de defesa, destacou a ministra conservadora.
Estes bilhões não aumentarão o "potencial de crescimento" futuro, "mas poderiam se tornar um trampolim se forem acompanhados de reformas estruturais", destacou a ministra.
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