Internacional

Trump acusa a mídia de apoiar o grupo de esquerda Antifa

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Sentado na Sala de Jantar de Estado da Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou os criadores de conteúdo de extrema direita a denunciarem publicamente aqueles que apoiam o movimento de esquerda Antifa, liderando uma mesa redonda que rapidamente se transformou em ataques à mídia.

O presidente convidou "jornalistas independentes" na quarta-feira (8) para falar sobre o movimento antifascista Antifa, que seu governo acusa de incitar a violência contra conservadores e designou como "organização terrorista".

Mas Trump e seus convidados aproveitaram o evento para atacar a mídia tradicional, culpando-a por exacerbar os ativistas "antifascistas" de esquerda, protagonistas de confrontos cada vez mais frequentes com grupos de extrema direita.

"Acredito que [a Antifa] trabalha em conjunto com alguns meios de comunicação", declarou o presidente na mesa redonda, da qual também participaram o secretário de Estado, Marco Rubio, e outros funcionários do governo.

O republicano, de 79 anos, que já entrou com várias ações judiciais contra veículos de comunicação, também classificou a MSNBC como "doente" e a ABC e a NBC como "muito ruins".

E incentivou seus convidados a continuar a ofensiva contra a imprensa: "Qual você diria que é o pior meio de comunicação, se é que posso perguntar?".

"Os mesmos meios de comunicação que estão sentados nesta sala conosco declararam todos nós que estamos nesta mesa como nazistas e fascistas, e vêm fazendo isso há anos", disse Savanah Hernandez, representante da organização conservadora juvenil Turning Point USA, cujo fundador, Charlie Kirk, foi recentemente assassinado.

"É por isso que a Antifa se sente com coragem para nos atacar", acrescentou.

- "Lixo" -

O influenciador conservador Nick Sortor acusou a imprensa de mentir sobre a ofensiva migratória do governo de Trump.

"As pessoas acreditam sinceramente, com base no que sai do lixo que há aqui, que cidadãos americanos estão sendo deportados", disse ele, apontando para a cabine de imprensa.

Sortor levou para o evento uma bandeira nacional parcialmente queimada, garantindo tê-la recuperado em Portland, uma cidade na costa oeste dos Estados Unidos que se tornou foco de tensão.

Trump disse que Portland estava à mercê da Antifa e enviou tropas para reprimir manifestações contra as rondas da Polícia de Imigração e Alfândega (ICE).

O presidente também pediu a Sortor que fornecesse à procuradora-geral Pam Bondi o nome do homem que queimou a bandeira para que ela pudesse apresentar acusações.

Um decreto presidencial promulgado em agosto pune com até um ano de prisão a queima da bandeira americana.

- "Esperança na CBS" -

Durante sua campanha de reeleição, Trump recorreu abundantemente a influenciadores e podcasters nas redes sociais para divulgar suas ideias.

De volta à Casa Branca, ele os convidou para assistir aos seus discursos no Salão Oval e viajar a bordo do Air Force One.

Ao mesmo tempo, intensificou sua guerra contra a mídia tradicional e sugeriu que fossem revogadas as licenças das emissoras de televisão críticas às suas políticas.

A União das Liberdades Civis (ACLU), um grupo de defesa dos direitos humanos, acusou o governo Trump de represálias autocráticas contra a imprensa, comparando seus ataques aos opositores com as campanhas das décadas de 1940 e 1950 conduzidas pelo senador ultraconservador Joseph McCarthy.

Na quarta-feira, Trump atacou uma jornalista que tentou interrogá-lo sobre o Oriente Médio: "Ela é da CNN, aliás. É uma das piores jornalistas. Nem quero responder a essa pergunta".

Em contrapartida, mostrou-se favorável à CBS, onde Bari Weiss, uma destacada crítica dos meios de comunicação tradicionais, foi recentemente nomeada editora-chefe. "Temos esperança na CBS", afirmou.

aue/lb/pbt/dg/val/jmo/aa

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