Internacional

Colômbia apresenta primeiro batalhão de drones para combater grupos armados

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O Exército da Colômbia apresentou nesta sexta-feira (10) seu primeiro batalhão de drones para atacar e se defender dos grupos armados ilegais, como as guerrilhas, que usam essa tecnologia para atacar militares e civis, em uma modalidade que transformou o conflito armado.

Na base aérea militar de Tolemaida, principal centro de treinamento da força pública do país, a instituição exibiu um conjunto de drones dotados de tecnologia como inteligência artificial, capazes de atacar organizações que se dedicam ao narcotráfico e à mineração ilegal.

Com design semelhante ao de um avião ou hélices semelhantes às de um helicóptero, essas aeronaves são capazes de identificar rostos, seguir veículos, e algumas podem sobrevoar até 45 km.

"O conflito na Colômbia teve um desenvolvimento baseado em alguns avanços tecnológicos, especialmente dado por essas pequenas aeronaves não tripuladas", disse à AFP o general Carlos Padilla, comandante da divisão de aviação do Exército. Segundo o alto comando, trata-se de um batalhão inédito na América Latina.

No ano passado, guerrilheiros que não aderiram ao acordo de paz de 2016 com as Farc começaram a atacar membros da força pública com drones modificados para lançar explosivos. Padilla afirma que, em um ano e meio, já houve mais de 350 ataques, que mataram 15 militares e deixaram cerca de 170 feridos.

Segundo o general, os rebeldes receberam treinamento de outros "grupos terroristas" estrangeiros e desenvolveram um método para atacar "de uma forma artesanal, mas muito rapidamente".

As Forças Armadas esperam que cerca de 400 pilotos, com um número equivalente de drones, integrem uma base especializada que será construída no departamento de Boyacá. "Todos esses drones nos dão a capacidade de ter olhos no ar em uma profundidade que não tínhamos", acrescentou Padilla. 

O Exército não considera que exista, no momento, uma guerra de drones na Colômbia, como acontece entre a Ucrânia e a Rússia. Iris Marín, chefe da organização de defesa dos direitos humanos Defensoria do Povo, alertou na semana passada, em entrevista à AFP, que os ataques de grupos ilegais com drones também afetavam a população civil, incluindo crianças.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, ainda não conseguiu chegar a um acordo de paz com essas organizações, um dos seus objetivos desde que chegou ao poder, em 2022. O líder de esquerda suspendeu a compra de armas dos Estados Unidos e de Israel, seus principais parceiros militares, mas ideologicamente opostos, e promove a fabricação de armamento na Colômbia.

das/als/cjc/lb

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