Madagascar nomeia chefe do exército um oficial eleito por unidade militar aliada aos manifestantes
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O ministro das Forças Armadas de Madagascar reconheceu, neste domingo (12), como novo chefe do exército um oficial eleito por uma unidade militar que se juntou aos manifestantes que exigiam a renúncia do presidente Andry Rajoelina.
O general Démosthène Pikulas foi empossado durante uma cerimônia oficial na presença do ministro Manantsoa Deramasinjaka Rakotoarivelo, que declarou: "Eu lhe dou a minha bênção".
O general foi nomeado pela unidade CAPSAT, que se amotinou no sábado e se juntou aos protestos antigovernamentais que abalaram esta ilha na costa sudeste da África desde o mês passado.
No mesmo dia, Rajoelina denunciou uma "tentativa ilegal de tomada do poder".
Pikulas admitiu à imprensa que os eventos recentes foram "imprevisíveis" e afirmou que "o exército tem a responsabilidade de restaurar a calma e a paz em Madagascar".
Questionado sobre os pedidos de renúncia do presidente, o novo chefe do exército se recusou a "discutir política dentro de uma instalação militar".
Antananarivo, capital desta ilha do oceano Índico, testemunhou os maiores protestos no sábado desde o início do movimento de protesto da Geração Z, em 25 de setembro.
As manifestações começaram devido aos cortes de água e eletricidade, mas gradualmente se expandiram para incluir protestos contra a corrupção, líderes políticos e a falta de oportunidades no país.
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