Internacional

Antes da COP30, Brasil e outros países concordam em quadruplicar combustíveis sustentáveis

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Brasil, Índia, Itália e Japão lançaram nesta terça-feira (14) uma iniciativa para multiplicar por quatro sua produção e consumo de combustíveis sustentáveis, o que poderia acelerar a descarbonização do transporte aéreo e à qual mais países poderão aderir durante a COP30.

A maior conferência climática da ONU será realizada entre 10 e 21 de novembro na cidade de Belém, no Pará, e o Brasil apresentou nesta terça-feira esse compromisso para ser alcançado em 2035.

"É um compromisso que o Brasil está lançando oficialmente hoje junto com a Itália, o Japão e a Índia de apoio à quadruplicação dos combustíveis sustentáveis" em relação aos níveis de 2024, disse a jornalistas em Brasília João Marcos Paes Leme, diretor do Departamento de Energia do Itamaraty.

"A gente espera um bom número de adesões" até a COP30, antecipou o diplomata durante um encontro preparatório de ministros de 67 países que estarão na conferência presidida pelo Brasil.

"Outros países europeus também têm interesse" em aderir à iniciativa, detalhou Paes Leme.

Os combustíveis sustentáveis englobam os biocombustíveis, o hidrogênio e alguns sintéticos que podem substituir os combustíveis fósseis em setores como o transporte aéreo e marítimo ou nas indústrias do cimento e do aço.

"São chamados de setores de difícil descarbonização", explicou Paes Leme, "porque nessas atividades a energia elétrica ainda não consegue substituir os combustíveis fósseis".

Os combustíveis sustentáveis já funcionam nessas indústrias, mas ainda não há uma produção "em volume suficiente", acrescentou.

Aumentar essa produção "pode ser muito eficaz no curto e médio prazo" para mitigar o aquecimento global, afirmou Paes Leme.

A aposta nos combustíveis sustentáveis "é algo que nos encanta ouvir", celebrou Francesco La Camera, diretor-geral da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês).

La Camera, no entanto, advertiu que os biocombustíveis podem ser prejudiciais por causa das vastas extensões de terra necessárias para produzir suas matérias-primas, como a cana-de-açúcar, a soja ou o milho.

"Precisamos ser sérios com o que dizemos: o combustível sustentável também deve ser sustentável do ponto de vista do uso da terra", ponderou o diretor-geral da Irena a jornalistas.

A iniciativa apresentada nesta terça-feira responde a um compromisso vigente desde a COP28, quando o mundo acordou realizar uma "transição" rumo a "uma saída dos combustíveis fósseis".

O uso massivo do carvão, do petróleo e do gás natural é a principal causa do aquecimento global de origem humana.

jss/app/cjc/am

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