MISTÉRIO HÁ 18 ANOS

O caso Madeleine McCann: uma linha do tempo dos fatos mais marcantes

O desaparecimento da menina britânica completou 18 anos e continua sem solução; relembre os principais suspeitos, as reviravoltas e as pistas

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Dezoito anos se passaram desde que a menina britânica Madeleine McCann desapareceu de um quarto de hotel na Praia da Luz, no Algarve, em Portugal. A história voltou aos holofotes recentemente por conta de Julia Wandelt, uma polonesa que alegava ser a garota. No entanto, exames de DNA confirmaram que ela não tem qualquer parentesco com os McCann.

A história de Maddie é considerada um dos maiores mistérios criminais da história recente. A complexidade das investigações, os múltiplos suspeitos e as pistas que levaram a becos sem saída construíram uma narrativa que prende a atenção do público até hoje. A seguir, apresentamos uma cronologia dos principais acontecimentos do caso Madeleine McCann, desde a noite do desaparecimento até os desdobramentos mais recentes.

O desaparecimento em 2007

Na noite de 3 de maio, os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, jantavam com amigos em um restaurante a cerca de 50 metros do apartamento onde seus três filhos dormiam. O grupo de amigos se revezava para verificar as crianças a cada meia hora.

Por volta das 22h, Kate foi ao quarto e encontrou o berço de Madeleine vazio e a janela aberta. O desaparecimento da menina de três anos deu início a uma das maiores operações de busca da história de Portugal, envolvendo centenas de policiais, voluntários e cães farejadores.

A notícia rapidamente ganhou repercussão internacional. O rosto de Madeleine estampou jornais e noticiários em todo o mundo, enquanto seus pais iniciavam uma campanha incansável para encontrar a filha, com o apoio de celebridades e doações milionárias.

As primeiras investigações e suspeitos

As primeiras semanas de investigação foram marcadas por críticas à atuação da polícia portuguesa. A cena do crime não foi devidamente isolada, o que pode ter levado à contaminação de provas importantes. O primeiro suspeito oficial foi o cidadão britânico-português Robert Murat, que morava perto do resort.

Murat foi interrogado e sua casa foi revistada, mas nenhuma evidência conclusiva o ligava ao crime. Ele sempre negou qualquer envolvimento e, posteriormente, foi inocentado e recebeu uma indenização por difamação de vários jornais britânicos.

Em setembro de 2007, os próprios pais de Madeleine foram declarados "arguidos", termo jurídico português para suspeitos formais. A polícia baseou a suspeita em vestígios de DNA encontrados por cães farejadores no porta-malas de um carro alugado pela família semanas após o desaparecimento. A teoria era de que a menina teria morrido no apartamento e os pais teriam ocultado o corpo.

Kate e Gerry McCann sempre sustentaram sua inocência. Em julho de 2008, a procuradoria-geral de Portugal arquivou o caso por falta de provas e retirou o status de suspeitos dos pais e de Robert Murat. A essa altura, a investigação portuguesa estava oficialmente encerrada.

A busca global e as reviravoltas

Mesmo com o arquivamento em Portugal, os McCann continuaram a busca por conta própria, contratando detetives particulares e mantendo a campanha de divulgação ativa. A pressão pública e diplomática levou a polícia britânica a reavaliar o caso. Em 2011, a Scotland Yard lançou a "Operação Grange" para revisar todas as evidências.

A "Operação Grange" analisou mais de 40 mil documentos e identificou centenas de pessoas de interesse. No entanto, a nova investigação não conseguiu chegar a uma conclusão sobre o que aconteceu com a menina. Em 2013, a investigação em Portugal é reaberta.

Christian Brückner: o principal suspeito

A mudança mais significativa no caso ocorreu em junho de 2020, quando a polícia alemã anunciou ter um novo suspeito principal: Christian Brückner, um cidadão alemão condenado por crimes sexuais e que vivia no Algarve entre 1995 e 2007.

Os investigadores revelaram que registros telefônicos colocavam Brückner na área da Praia da Luz na noite em que Madeleine desapareceu. Ele teria recebido uma ligação de 30 minutos, encerrada pouco mais de uma hora antes de Kate McCann dar o alarme.

Brückner, que já cumpria pena por outros crimes, foi formalmente declarado suspeito oficial no caso McCann em 2022, a pedido das autoridades portuguesas. Embora os promotores alemães afirmem ter evidências de que Madeleine está morta e que Brückner é o responsável, não há provas consideradas suficientes para garantir a condenação.

Em 2023, novas buscas foram realizadas em um reservatório em Portugal, uma área que Brückner costumava frequentar. Alguns itens foram coletados para análise, mas os resultados não foram divulgados publicamente.

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Em setembro de 2024, a imprensa divulgou que Brueckner teria confessado a um ex-companheiro de cela ter sequestrado uma menina em um apartamento no Algarve. O suspeito, que passou sete anos preso por conta de violência sexual contra uma mulher americana na mesma praia em que Madeleine desapareceu, foi libertado em setembro de 2025.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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