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Tarifas de Trump impactaram menos do que o previsto a América Latina, diz presidente da CAF

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O impacto das tarifas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, "foi menor do que o esperado" na América Latina, afirmou à AFP o presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), Sergio Díaz-Granados.

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Dezenas de economias em todo o mundo enfrentam tarifas aduaneiras dos Estados Unidos, com a entrada em vigor das tarifas "recíprocas" que Trump ameaçava há muito tempo, em resposta a práticas comerciais que considera injustas.

Alguns economistas alertaram que essas medidas poderiam desacelerar o comércio internacional devido ao aumento dos custos das exportações para os Estados Unidos, a maior economia do mundo.

No entanto, "quando se observa o ano corrido, de janeiro até agora, o impacto foi menor do que o esperado; obviamente, no início, gerou muita turbulência, mas o panorama está cada vez mais claro", afirmou Díaz-Granados em entrevista à AFP nesta sexta-feira (31).

Esse impacto tarifário reduzido se deveu ao fato de que "as redes de comércio" entre os Estados Unidos e a América Latina "já estavam muito consolidadas", o que facilitou a adaptação aos novos impostos, segundo o presidente do CAF.

"A América Latina tem vantagens comparativas no mercado americano: sua proximidade e uma série de vínculos profundos que vão desde a presença de hispânicos e latinos dentro dos Estados Unidos até a participação de empresas americanas como investidoras" na região, destacou Díaz-Granados.

Ele acrescentou que a região conseguiu suavizar o impacto das tarifas por meio de negociações entre vários países e os Estados Unidos, depois que Washington anunciou o aumento das taxas sobre as importações.

"O panorama agora está mais claro, com esses novos acordos comerciais em que certamente haverá alguma tarifa, mas, ao mesmo tempo, haverá compensações nas cadeias, o que permitirá um novo reequilíbrio", afirmou.

Segundo Díaz-Granados, até 2026 a América Latina e o Caribe crescerão, em média, "cerca de 3,2%", três décimos abaixo do crescimento da economia mundial.

"O México vai recuperar novamente o ritmo de investimento e de exportações, o que é uma boa notícia, porque, no fim das contas, o México conecta e impulsiona grande parte das redes comerciais da América Central e do norte da América do Sul", disse o presidente do CAF.

No entanto, ele lamentou que, devido aos baixos fluxos de investimento, à baixa produtividade e à insegurança, a América Latina mantenha "um crescimento econômico abaixo da média mundial" na última década.

"A região precisa crescer acima de 4% para começar a reduzir de forma estrutural as brechas de pobreza e desigualdade", advertiu.

jjr/atm/lm/am

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