As forças americanas e aliadas começaram a reduzir sua presença no Iraque, anunciou o Pentágono nesta quarta-feira (1º), mais de dez anos após uma missão destinada a acabar com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). 

Após meses de negociações, Washington e Bagdá concordaram no ano passado com um cronograma para a retirada gradual das tropas da coalizão internacional no Iraque, criada em 2014 para ajudar as forças locais a recuperar territórios tomados pelo EI no Iraque e na vizinha Síria. 

Atualmente, há "pouco mais de 900" soldados, abaixo dos 2.000 no início do ano, disse uma fonte do Pentágono, sob condição de anonimato, a repórteres. 

A coalizão deveria desocupar as bases no território federal do Iraque até setembro de 2025 e no Curdistão autônomo, no norte do país, até setembro de 2026. 

A autoridade de Defesa disse a repórteres que os Estados Unidos estavam "em processo de realizar a transição" e que a maioria das forças restantes permaneceria em Erbil, capital do Curdistão iraquiano.

"Simplesmente não há necessidade de soldados americanos no Iraque federal para realizar uma missão contra o EI. O Iraque é perfeitamente capaz de fazê-lo sozinho", explicou.

As tropas em Erbil se concentrarão "na Síria", acrescentou, e a coalizão internacional continuará suas operações naquele país, a partir do Curdistão iraquiano, por um ano. 

"Esta redução reflete o nosso sucesso conjunto na luta contra o EI e marca um esforço para avançar em direção a uma parceria de segurança sustentável entre Estados Unidos e Iraque", disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, em um comunicado.

"O governo americano continuará se coordenando estreitamente com o governo iraquiano e os membros da coalizão para garantir uma transição responsável", acrescentou.

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