O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, denunciou nesta segunda-feira (6) a presença de milhares de componentes fornecidos por empresas dos Estados Unidos, Alemanha e Japão nos sistemas de mísseis e drones que a Rússia utilizou para atacar a Ucrânia neste fim de semana.

"Durante os bombardeios massivos na noite de 5 de outubro, a Rússia empregou 549 sistemas de armas que continham 102.785 componentes de fabricação estrangeira", afirmou Zelensky nas redes sociais.

O presidente ucraniano citou os Estados Unidos, China, Taiwan, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Japão, Coreia do Sul e Países Baixos, aos quais acusa de não impedir esses fornecimentos.

Zelensky acusa essas empresas de fornecerem sistemas informáticos, microprocessadores ou sensores que permitem o funcionamento de mísseis e drones.

Segundo ele, mísseis balísticos russos como Iskander e Kinzhal utilizam tecnologias importadas dos Estados Unidos.

Nas últimas semanas, a Rússia está intensificando seus ataques aéreos noturnos contra a Ucrânia, apontando especialmente para a rede elétrica e provocando cortes de energia.

Na madrugada de domingo, cerca de 500 drones e mais de 50 mísseis caíram sobre a Ucrânia.

Na região de Lviv (oeste), até agora relativamente preservada pela guerra desde que começou a invasão russa em 2022, morreram quatro pessoas.

Na zona de Zaporizhzhia, uma pessoa morreu e outras dez ficaram feridas, segundo o governador regional, Ivan Fedorov.

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